Curso Luz &
Vida
EVANGELII NUNTIANDI
Exortação Apostólica Sobre a
Evangelização no mundo Contemporâneo.
NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DA CATEQUESE
(Madre Maria Helena
Cavalcanti)
CATEQUESE HOJE
(Comentários de Madre Maria Helena Cavalcanti)
-
Nós temos um único Mestre, Jesus Cristo
Uma experiência
tão antiga quanto a Igreja
A catequese na atividade pastoral e
missionária da Igreja
Toda a Boa Nova
colhida na fonte
Todos precisam ser
catequizados
Alguns caminhos e meios para a catequese
Como fazer
catequese
A Alegria da Fé
num Mundo Difícil
A tarefa diz
respeito a todos nós
Mensagem Final
OBJETIVOS DA CATEQUESE
* Carta à uma aluna: 1953
A PESSOA DO CATEQUISTA
“Catequizar é ensinar a ver Deus na
transparência das coisas”
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 0 a 6 ANOS
II – Educação da Fé
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES - 7 A 9 ANOS
II – Educação da Fé
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 9 a 12 ANOS
II – Educação da Fé
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 12 a 14 ANOS
II – Educação da Fé
Conclusão
O ADOLESCENTE NO SEU AMBIENTE
A vida religiosa no lar do adolescente
Será que em casa os pais dão testemunho cristão?
O adolescente no Colégio
Sonhos e idealismos
Apostila de
Psicopedagogia Religiosa
Madre Maria Helena Cavalcanti
e Irmãs de Belém
Missionárias Catequistas
nas escolas
leigas
Curso
Luz e Vida
Programa
Psicopedagogia Religiosa
Fundamentação Catequética
Evangelii Nuntiandi
Necessidade e Importância da Catequese
Querigma e Catequese
Catequese Hoje
Objetivos da Catequese
A Pessoa do Catequista
Psicopedagogia Religiosa (infância e adolescência)
Psicopedagogia Religiosa 0 – 6 anos
Psicopedagogia Religiosa 7 – 9 anos
Psicopedagogia Religiosa 9 – 12 anos
Psicopedagogia Religiosa 12 – 14 anos
A vida religiosa do adolescente de hoje
Pastoral da Juventude e Catequese de Adultos
Roteiro para Grupo de jovens católicos
Iniciação cristã de adultos
Programa
Psicopedagogia Religiosa
Fundamentação Catequética
Evangelii Nuntiandi
Necessidade e Importância da Catequese
Querigma e Catequese
Catequese Hoje
Objetivos da Catequese
A Pessoa do Catequista
Psicopedagogia Religiosa (infância e adolescência)
Psicopedagogia Religiosa 0 – 6 anos
Psicopedagogia Religiosa 7 – 9 anos
Psicopedagogia Religiosa 9 – 12 anos
Psicopedagogia Religiosa 12 – 14 anos
A vida religiosa do adolescente de hoje
Pastoral da Juventude e Catequese de Adultos
Roteiro para Grupo de jovens católicos
Iniciação cristã de adultos
EVANGELII NUNTIANDI
Exortação Apostólica Sobre a
Evangelização no mundo Contemporâneo.
(Papa Paulo VI –1975)
Fruto do Sínodo dos bispos sobre
Evangelização, realizado em Roma em 1971, é considerada a "obra
prima" de Paulo VI, pela beleza, firmeza e atualidade. Divide-se em 7
capítulos, que são:
Cap. I: DE CRISTO EVANGELIZADOR A UMA IGREJA EVANGELIZADORA
Testemunho e missão de Jesus:
“Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4,43).(EN 6)
A Missão de Jesus constitui-se
em alegre anúncio da realização das promessas e da Aliança feitas por Deus.
Através dEle, são concedidos a todos os homens, graça e misericórdia, por parte
de Deus. “Mas, antes de mais nada, cada um dos homens conquistará mediante uma
total transformação do seu interior que o Evangelho designa com a palavra
“METANÓIA ”, uma conversão radical, uma modificação profunda dos modos de ver e
do coração”.(EN 10)
“Formar em nós uma mentalidade, estruturar uma
filosofia de vida, uma escala de valores, que nos permita ver, julgar e agir
segundo os critérios de Cristo”.
(Madre Maria Helena Cavalcanti).
"A
Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze”(EN 15).Ela é o fruto
normal, querido, o mais imediato dessa evangelização.
Nascida da
missão, pois, a Igreja é por sua vez enviada por Jesus. A tarefa de evangelizar
todos os homens constitui a MISSÃO ESSENCIAL DA IGREJA: “Não tenho de fato de
que me gloriar, se eu anuncio o
Evangelho, é um dever este que me incumbe, ai de mim se não evangelizar.” (1 Cor. 9,16). Através da vida de oração,
escuta da Palavra, caridade fraterna e da fração do Pão, se torna um testemunho
a provocar: ADMIRAÇÃO e CONVERSÃO e se desenvolve na PREGAÇÃO e ANÚNCIO DA BOA
NOVA”(EN 15).
Cap. II: O QUE É
EVANGELIZAR?
Evangelizar para a Igreja, é
levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e
latitude, e, pelo seu influxo, transformá-las a partir de dentro e tornar nova
a própria humanidade”(EN 17. É um anúncio de Cristo que impregne mente, coração e vida, levando
necessariamente ao engajamento e ao apostolado.
Cap. III: O
CONTEÚDO DA EVANGELIZAÇÀO
"Evangelizar é, em primeiro lugar, dar testemunho de
maneira simples e direta de Deus revelado por Jesus no Espírito Santo. Dar
testemunho de que no seu Filho Ele amou o mundo; de que no Verbo Encarnado Ele
deu o ser a todas as coisas e chamou os homens para a vida eterna"(EN 26).
"A evangelização há de conter também sempre - ao
mesmo tempo como base, centro e ápice do seu dinamismo - uma proclamação clara
que, em Jesus Cristo ,
Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todos
os homens, como Dom da graça e da misericórdia do mesmo Deus” (EN 27).
Na alocução de
abertura da terceira Assembléia Geral do Sínodo foi bem acentuada “a
necessidade de ser reafirmada claramente a finalidade especificamente religiosa
da evangelização”. (EN 32)
Cap. IV: AS VIAS DA
EVANGELIZAÇÃO
As maneiras de evangelizar
variam de acordo com as circunstâncias de tempo, de lugar e de cultura, devem,
porém, manter inalterável o conteúdo da fé. Algumas vias, por um motivo ou por
outro, se revestem de uma importância fundamental. Por exemplo:
A) TESTEMUNHO DE VIDA CRISTÃ:
‘O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os
mestres, ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”( Paulo
VI)
B) PROCLAMAÇÃO DA MENSAGEM
EVANGÉLICA NA LITURGIA: Na Liturgia da Palavra, a homilia é um instrumento
valioso e muito adaptado para a evangelização.
C) CATEQUESE: transmite de forma
sistemática o conteúdo da fé de modo a formar hábitos de vida religiosa.
D) OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL: “...a mensagem evangélica, através deles, deverá chegar sim às
multidões de homens; mas com a capacidade de penetrar na consciência de cada um
deles”(EN 45).
E) A VIDA SACRAMENTAL: “Educar
de tal modo a fé, que esta depois leve cada cristão a uma vivência
sacramental”(EN 47)
F) O CONTATO DE PESSOA A
PESSOA: “Só uma chama acende outra chama”.(Madre Maria Helena Cavalcanti).
G) A RELIGIOSIDADE POPULAR: São
“expressões particulares da busca de Deus e da fé”. Traduzem, em si, uma certa
sede de Deus”, por suscitar atitudes interiores( paciência, sentido da cruz na
vida cotidiana, desapego aceitação dos outros, dedicação, devoção, etc.) é
chamada de “piedade popular”.(EN 48)
Cap. V: OS DESTINATÁRIOS DA EVANGELIZAÇÃO
As últimas palavras de Jesus no
Evangelho de São Marcos conferem à evangelização, uma universalidade sem
fronteiras: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc
16,15). Apesar das dificuldades, a
Igreja reanima-se constantemente com a sua inspiração mais profunda neste
mandato do Senhor.
Cap. VI: OS AGENTES DA EVANGELIZAÇÃO
“Toda a Igreja é missionária, a
obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus”.(EN 59).Esta
realidade deveria despertar em nós duas convicções:
*evangelizar é um ato eclesial
*a atividade missionária deve
acontecer em comunhão com a Igreja e com os seus pastores.
Cap. VII: O ESPÍRITO DA EVANGELIZAÇÃO
“Nunca será possível haver evangelização sem a ação do
Espírito Santo”(EN 75). O Espírito Santo desceu sobre Jesus antes de começar o
ministério público.(Mt 3,17).Foi só depois de Pentecostes que os discípulos
partiram em missão (At 2,17).Impelido igualmente por este mesmo amor, o cristão
deve ter a preocupação de comunicar a verdade, respeitando a situação religiosa
e espiritual das pessoas as quais se dirige; respeito pelo ritmo, pela
consciência e convicções, que devem ser tratados sem dureza.
CONCLUSÃO:
Paulo
VI termina, invocando a intercessão de Maria: “Maria, que presidiu a prece na
manhã de Pentecostes, seja a estrela da evangelização sempre renovada, que a
Igreja, obediente ao mandato do Senhor, deve promover e realizar”. (EN 82)
NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DA CATEQUESE
(Madre Maria Helena
Cavalcanti)
“Os últimos Papas atribuíram a catequese um lugar eminente
na solicitude pastoral”.(CT 2) .
- A 18 de março de 1971, o Papa Paulo VI aprovou o Diretório
Catequético Geral (DCG) compilado pela Sagrada Congregação para o Clero “tendo
diante dos olhos o que foi exposto pelo Concílio Vaticano II”.
- Em 1974, o tema do Sínodo foi a Evangelização.
- Em 1975, foi instituído o Conselho Internacional de
Catequese.
- A 8 de dezembro de 1975, Paulo VI publica a notável
exortação apostólica sobre a Evangelização no mundo contemporâneo.(EN)
- Em 1977, realizou-se o Sínodo sobre Catequese.
- A 16 de outubro de 1979, nosso Papa João Paulo II publica
a exortação apostólica Catequese Hoje que tanto marcou os trabalhos
catequéticos. (CT)
- Em 1979, em Puebla (P), os Bispos da América Latina se
reuniram para estudar a evangelização no presente e no futuro da América
Latina, deixando-nos ricas conclusões.
- Os Bispos do Brasil, a 15 de abril de 1983, aprovaram o
documento Catequese renovada (CR), orientações e conteúdo que tanto contribui
para a Catequese em nossa Terra.
- Em 1983, os Bispos da América Latina se reuniram em Santo
Domingo (SD) para refletir e dar as diretrizes para a Nova evangelização,
Promoção humana e cultura cristã.
- Coroando tantos documentos preciosos, João Paulo II, nos
legou o grande tesouro do Catecismo da Igreja Católica (CCE), no trigésimo
aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (8 de dezembro de 1992), e
depois(15/08?1997 - Edição típica vaticana)
O Catecismo é “texto de referência para uma catequese
renovada nas fontes vivas da fé.” (João Paulo II).
-
E, a 15 de agosto de 1997 – o Diretório Geral
para a Catequese, que atualiza as orientações Gerais para a Catequese em toda a
Igreja. (DGC)
-
2001 - 2ª Semana Brasileira de Catequese,
promovida pela CNBB: " Com adultos, catequese adulta."
-
2006 - Diretório Nacional de Catequese (CNBB)
Pode surgir em alguns uma pequena
pergunta: a catequese ainda é necessária no mundo de hoje? Qual a sua
importância atualmente?
O ser humano tem várias necessidades. Algumas são
básicas como o alimento, terra, moradia, instrução, saúde, segurança, amor etc.
Mas a lista das necessidades é imensa.
É bem verdade que enquanto algumas são reais outras são criadas pela sociedade
consumista em que vivemos. Na verdade precisamos realmente de menos do que muitas vezes supomos.
Algumas
necessidades têm em vista a pessoa humana em sua dimensão material e emocional.
Somos, porém, cidadãos deste mundo e do outro, do Céu e da Terra. O homem de
ontem, de hoje e de amanhã nunca pode se esquecer do homem eterno.
Tendo em vista a dimensão sobrenatural
do homem e da mulher não podemos deixar de concluir que sua necessidade maior é
a salvação eterna.
O próprio Jesus disse:
“Aquele que quiser
salvar a sua vida vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim,
vai encontrá-la”.
De fato, que aproveitará ao homem se
ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?” (Mt 16,25s). Essa vida mais valiosa do que o mundo inteiro é a vida
eterna, a união com Deus.
É bem verdade que o mundo não dá a
menor impressão de que a salvação e a vida eterna sejam o mais importante. Por
acaso é assunto dos jornais, das conversas, das notícias de televisão? Ao
contrário, vê-se um esforço enorme para evitar a lembrança desse assunto de salvação,
de vida eterna, de morte e tudo o que se relaciona com ela.
“Podemos viver à superfície
das realidades, mas elas funcionam por suas essências.” (Madre Maria Helena
Cavalcanti)
Por que tantos não querem encarar
realidades espirituais? Toda luz no pensar implica mudança no agir. Muitos não
querem ver porque não querem mudar. Preferem que Deus fique ausente de seus
lares, seus negócios, ambiente de trabalho, lazer... Este é o grande mal do
mundo em que vivemos.
"Entronizar
Deus no mundo, nos corações, nos lares – eis o que é Evangelizar".
(Madre Maria Helena
Cavalcanti)
Torná-lo conhecido, amado, saber quem é
Jesus, pois: “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para
que todo o que nele crer não pereça, tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Procurar conhecê-lo; Sua vida, Seus ensinamentos, Suas
Palavras, Sua Igreja.
Finalidade da Catequese:
Ø Comunhão com Jesus Cristo
Ø Comunhão com a Trindade
“Quer comais, quer bebais, fazei tudo para glória de Deus”
(1Cor 10,31).
"Neste sentido, a finalidade da
catequese é a de fazer com que alguém se
ponha, não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo.
Somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da
vida da Santíssima Trindade". (CT
5)
Tarefas fundamentais para a Catequese:
-
Favorecer
o conhecimento da fé
-
A
educação litúrgica
-
A
formação moral
-
Ensinar
a rezar
-
Iniciação
e educação à vida comunitária
-
Iniciação
e educação à missão
"Concedei-nos, Senhor, a grande alegria de
sermos fiéis mensageiros de Vossa Ressurreição por uma tomada de consciência na
fé, um testemunho de vida na esperança e um anúncio de salvação na
caridade."
(Madre Maria
Helena Cavalcanti)
QUERIGMA
E CATEQUESE
Querigma
|
Catequese
|
|
Etimologia
|
Palavra grega: proclamar, gritar
|
Palavra grega: ensinar, reter
|
Objetivo
|
Nascer de novo
Ter vida
|
Crescer em Cristo
|
Conteúdo
|
JESUS
Morto Salvador
Ressuscitado
Senhor
Glorificado Messias
|
Doutrina
da fé:
Bíblia,
Dogma,
Moral,...
|
Método
|
. Proclama-se Jesus como Boa Nova
. Dirige-se principalmente à
vontade
. Testemunho pessoal
|
. Ensina-se ordenada e progressivamente
. Dirige-se principalmente ao entendimento
. Fé de toda a Igreja
|
Agente
|
Evangelizador
Testemunha cheia do Espírito
Santo
|
Catequista
Mestre cheio do
Espírito Santo
|
Metas
|
. Encontro pessoal com Jesus pela fé e pela conversão
. Proclamação de Jesus como
Senhor e Salvador
|
. Encontro com o Corpo de
Cristo: a comunidade
. Santidade do povo de Deus.
|
Resposta
|
Pessoal
|
Comunitária e Social
|
Tempo
|
Hoje
|
A partir de hoje ...
|
E
V
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N
G
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L
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Z
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O
|
Profética
Palavra
Proclamada:
Anúncio
verbal da Boa Nova
|
Sacerdotal
Palavra celebrada:
A liturgia, memorial da obra salvífica
|
|
Palavra vivida
Instauração do Reino de Deus no
mundo.
|
E
V
A
N
G
E
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I
Z
A
Ç
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O
|
P
R
O
F
É
T
I
C
A
|
QUERIGMA
Primeiro
anúncio da mensagem cristã
|
CATEQUESE
Ensino
progressivo da fé
|
Plano
de Salvação
Querigma
CATEQUESE HOJE
(Comentários de Madre Maria Helena Cavalcanti)
Histórico da
exortação
Na data de
16 de outubro de 1979, 2º ano do seu pontificado, João Paulo II entregou à
Igreja a Exortação Apostólica Catequese Hoje fruto da 4ª Assembléia Geral do
Sínodo dos Bispos realizada em outubro
de 1977. O documento consta de uma introdução, nove capítulos e uma conclusão
com um total de 73 subtítulos e, “repõe plenamente a catequese no quadro da
evangelização”.
Introdução
Na introdução do documento o Santo
Padre começa reafirmando a primordial importância da catequese “porque Cristo
ressuscitado, antes de voltar para junto do Pai, deu aos apóstolos uma última
ordem: fazerem discípulos de todas as nações e ensinarem-lhes a observar tudo
aquilo que Ele lhes havia mandado” (cf.
Mt 28, 19s) (CT 1).
A catequese é o conjunto de esforços da Igreja para realizar
essa missão. Mesmo entre os católicos muitos precisam conhecer melhor sua fé e
as razões de sua esperança.
-
Nós temos um único Mestre, Jesus Cristo
Com alegria lemos no primeiro capítulo
do documento que o Sínodo insistiu muitas vezes no cristocentrismo de toda a
catequese autêntica. “Desejamos acentuar, antes de mais nada, que no centro da
catequese nós encontramos essencialmente uma Pessoa: é a Pessoa de Jesus de
Nazaré, ‘Filho Único do Pai cheio de graça e de verdade’, que sofreu e morreu
por nós e que agora, ressuscitado, vive conosco para sempre. É este mesmo Jesus
que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’, e a vida cristã consiste em seguir a
Cristo” (CT 5).
“A finalidade
definitiva da catequese é a de fazer com que alguém se ponha não apenas em
contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode
levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima
Trindade” (CT 5).
Uma experiência
tão antiga quanto a Igreja
No segundo capítulo o Santo Padre nos
apresenta rica reflexão sobre o ensino catequético no decorrer da caminhada da
Igreja. “A imagem de Cristo ensinando ficou impressa no espírito dos doze e dos
primeiros discípulos e a ordem “Ide... e ensinai a todas as gentes” (Mt 28, 19) orientou toda sua vida” (CT 10). Realmente, o cristianismo pela
própria condição de ser Boa Nova, é missionário. Não somos dignos de espalhar a
Boa Nova mas seríamos mais indignos se a guardássemos só para nós. “As missões constituem também um terreno
privilegiado para a catequese. Assim, passados dois mil anos, o povo de Deus
não cessou de ser educado na fé” (CT 13). Sim, a Igreja é a guardiã intacta do depósito
da Revelação; intacta, mas não estática. A catequese sem se modificar se renova
sempre. Em todas as épocas a Igreja acerta o passo entre o tempo e a
eternidade.
A catequese na atividade pastoral e
missionária da Igreja
“A catequese não pode ser divorciada
do conjunto das atividades pastorais e missionárias da Igreja. A catequese é uma educação da fé das
crianças, dos jovens e dos adultos que compreende um ensino em geral orgânico e
sistemático com o fim de iniciá-los na vida cristã.
Entre a catequese e a evangelização não existe separação nem
oposição, como também não há identificação pura e simples, mas existem, sim,
relações íntimas de integração e complementaridade recíprocas. A catequese é um
dos momentos da evangelização como um todo” (cf.
CT 18)..
Algumas características do ensino catequético:
Seja um ensino sistemático que se concentre no essencial,
suficientemente completo, uma iniciação cristã integral aberta a todos os
outros componentes da vida cristã (cf. CT
21). O Papa realça também a ligação íntima que existe entre catequese e
toda a ação litúrgica e sacramental, por que é nos sacramentos, especialmente
na Eucaristia, que Jesus age em plenitude para a transformação das pessoas.
Toda a Boa Nova
colhida na fonte
O conteúdo da
catequese é o mesmo da evangelização: a Boa Nova da Salvação, ouvida e acolhida
com o coração, aprofundada mediante a reflexão e o estudo, uma comprometedora
tomada de consciência de suas repercussões na vida pessoal e inserção na
existência cristã na sociedade e no mundo (cf.
CT 26).
Sim, quando pensamos que Jesus “amou-nos até o fim” (Jo 13, 1), não somente até o fim da
vida mas até o fim das possibilidades do amor, só nos resta pagar amor com amor
e espalhar a Boa Notícia como um dever e uma necessidade imperiosa do amor a
Deus e aos irmãos.
O conteúdo da catequese deve vir da fonte viva da Palavra de
Deus transmitida na Tradição e na Escritura (cf.
CT 27). “O ensino, a liturgia e a vida da Igreja brotam dessa fonte e a ela
conduzem” (CT 27). O valor dos
Símbolos é um ponto de referência seguro para o conteúdo da catequese” (CT 28).
Todos precisam ser
catequizados
“Como apresentar a tal multidão de crianças e
jovens Jesus Cristo, Deus feito Homem?” (CT
35).
Sabemos que todo ser humano tem impresso em sua consciência
o abecedário sagrado que o impele para a transcendência. A essência do ser
humano de ontem, de hoje e de amanhã é a essência do homem eterno feito a
imagem e semelhança de Deus (Gen 1, 6)
portanto, capaz de conhecê-lo, amá-lo e testemunhá-lo.
Na primeira infância a tarefa diz respeito aos pais (CT 36). Na verdade, os pais cristãos
que cultivam a vida interior, de intimidade com Deus, passarão essa experiência
para os filhos. Essa é a maior garantia de que a semente da fé nunca se
reduzirá a práticas exteriores mas será o sal, dando sabor a todos os aspectos
da vida. As paróquias oferecem também a pré catequese para as crianças nessa
faixa etária. A catequese das crianças “é destinada a introduzi-las de modo
orgânico na vida da Igreja e prepará-las para os Sacramentos. Será uma
catequese didática mas visando um testemunho de fé, inicial mas não
fragmentária” (CT 37).
Chega a adolescência, tempo de descoberta de si, do amor, da
sexualidade, do desejo de estar com os outros e dos planos generosos. Também é
a idade das interrogações, desconfianças e dos primeiros fracassos.
De fato, a conversão do adolescente a Cristo vai revestir a
forma de um encontro com Jesus o Amigo por excelência, um encontro de
significado profundo para toda a sua vida.
“Com a juventude chega o momento das primeiras grandes
decisões. É o momento de uma catequese capaz de dar sentido a vida e inspirar
atitudes de renúncia, desapego, mansidão, justiça e fidelidade aos
compromissos, e reconciliação” (cf. CT
39). O Sínodo questionou: “como dar catequese as crianças e aos jovens?” É
necessário saber traduzir para a linguagem da juventude a mensagem de Jesus,
sem traí-la.Ter consciência de que a juventude tem um verdadeiro desejo de
conhecer Jesus. (cf. CT 40).
Crianças e jovens deficientes físicos ou mentais têm o
direito de conhecer o “Mistério da Fé”. É reconhecido o grande esforço da parte
deles e dos catequistas que a eles se dedicam (cf. CT 41).
O Papa se refere no número 42 a uma realidade bem conhecida
nossa: crianças e jovens de lares não cristãos ou não praticantes, que buscam a
catequese. Não encontram apoio em seu ambiente e por vezes até oposição (cf. CT 42).
A catequese de adultos é designada no documento como “a
principal forma de catequese, porque se dirige a pessoas que têm as maiores
responsabilidades e a capacidade de viverem a mensagem cristã na sua forma
plenamente desenvolvida” (CT 43).
Alguns caminhos e meios para a catequese
“Desde o ensino oral dos apóstolos e
das cartas que circulavam entre as igrejas, até os meios mais modernos, a
catequese nunca deixou de procurar as vias e os meios adaptados para se desempenhar
de sua missão” (CT 46). O Santo Padre
se refere a homilia como uma privilegiada forma de catequese por seu
enquadramento litúrgico especialmente a celebração eucarística (cf. CT 48). Certamente os formadores
dos Seminários estão atentos para isso e preparando os futuros sacerdotes para
utilizarem esse meio tão específico para instrução dos fiéis e maior intimidade
com o Senhor Jesus. Ao falar sobre os livros catequéticos o Papa observa que
existe atualmente uma multiplicação de livros catequéticos. Alguns constituindo
uma verdadeira riqueza ao serviço do ensino da catequese... outros desorientam
os jovens e adultos quer pela omissão de elementos essenciais para a fé da
Igreja, quer sobretudo por uma perspectiva de conjunto demasiado horizontalista,
não conforme o ensino do magistério da Igreja” (CT 49).
Apresenta ainda quatro condições indispensáveis para que os
livros de catequese correspondam à sua finalidade.
- que
eles se apresentem adequados à vida concreta da geração para a qual são
destinados
- que
se esforcem por encontrarem a linguagem compreensível
- que
se esmerem em ser a expressão de toda a mensagem de Cristo e da sua Igreja
- que
busquem verdadeiramente provocar um maior conhecimento dos mistérios de
Cristo em vista de uma autentica conversão.
Como fazer
catequese
A catequese procurará reger-se pela Revelação tal como é
transmitida pelo Magistério da Igreja, uma catequese que ultrapassa o moralismo
formalista e sobretudo todo o messianismo temporal, social e político (cf. CT 52).
“A catequese é
chamada a levar a força do Evangelho ao coração da cultura e das culturas” e
lembra que a mensagem evangélica não pode ser isolada da cultura em que
primeiramente se inseriu nem daquelas em que ela já se exprimiu ao longo dos
séculos. Por outro lado a força do Evangelho é transformadora e regeneradora.
“Deixaria de haver catequese se o Evangelho tivesse que alterar-se no contato
com as culturas. A catequese deve encarnar-se nas diferentes culturas e nos
diferentes meios (cf. CT 53).
Outro problema de método a que se refere o Catequese Hoje
diz respeito a valorização, pelo ensino catequético, dos elementos válidos da
piedade popular (cf. CT 54).
O último dos problemas metodológicos posto em evidência pelo
Papa é o da memorização.
“As flores da fé e da piedade cristã se assim se pode dizer,
não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória” (CT 55).
O Santo Padre realça ainda que qualquer método escolhido
deve se ater “a lei da fidelidade a Deus e da fidelidade ao homem, numa única
atitude de amor. (CT 55).
O pão da sã doutrina não é preparado só com o conhecimento e
o estudo, mas tem que ser amassado com a caridade, a humildade, a compaixão, o
zelo pela salvação dos irmãos, com a pureza, com a vida.
A Alegria da Fé
num Mundo Difícil
“Nós vivemos num mundo difícil em que a
angústia de ver as melhores criações do homem escaparem-lhe e voltarem-se
contra ele determina um clima incerto. É neste mundo assim que a catequese tem
que ajudar os cristãos a serem, pela sua alegria e pelo serviço de todos, “luz
e sal” “ (CT 56).
É verdade, em mundo em que as notícias são praticamente
instantâneas, chegam como uma enxurrada e envelhecem em quinze minutos, como
fazer para que nossos irmãos prestem atenção as mensagens impactantes e aos
ensinamentos maravilhosos que desejamos ardentemente transmitir, segundo a
ordem de Jesus: ide por todo o mundo... Nossa vida seja o mais eloqüente
testemunho desse anúncio.
“O dom mais precioso que a Igreja poderá oferecer ao mundo
contemporâneo, desorientado e inquieto, é o de nele formar cristãos bem firmes
no essencial e humildemente felizes na sua fé” (CT 61).
A tarefa diz
respeito a todos nós
Os Bispos são os primeiros responsáveis pela Catequese, são
os catequistas por excelência. Juntamente com o Papa têm a responsabilidade da
catequese da Igreja inteira. Os Sacerdotes são os colaboradores imediatos dos
Bispos e educadores da fé. Os Diáconos são os colaboradores natos na Igreja.
“Todos os que crêem têm direito à catequese e todos os
pastores têm o dever de a ela proverem”.
O Papa faz um apelo ao poder civil para que respeite sempre
a liberdade de ensino catequético (CT 64).
É através da comunhão com nosso pároco que estamos em
comunhão com nosso bispo. É dele a última palavra e tudo de ser feito em
harmonia como decorre de nosso compromisso cristão.
O Santo Padre recorda que muitas famílias religiosas,
masculinas e femininas, nasceram para a educação das crianças e jovens,
sobretudo dos mais abandonados.
Pede aos religiosos e religiosas que se prepararem o melhor
possível para a tarefa da catequese segundo as diversas vocações dos institutos
e “que as comunidades consagrem o máximo de suas capacidades e das suas
possibilidades à obra específica da catequese” (cf. CT 65).
A catequese familiar
precede, acompanha e enriquece todas as outras formas de catequese”. Em alguns
meios é a família o único lugar onde as crianças e os jovens poderão receber
uma autêntica catequese. (CT 68).
“Ao terminar
essa Exortação Apostólica, o olhar do coração volta-se para Aquele que é o
princípio inspirador de todas as atividades catequéticas e daqueles que as
realizam: o Espírito do Pai e do Filho : o Espírito Santo.
Como em todos os seus documentos o Santo Padre termina
pedindo a intercessão de Maria Santíssima e evidenciando sua missão singular como
a primeira dos discípulos de Cristo, catecismo vivo, Mãe e Modelo dos
catequistas.
“Que a presença do Espírito Santo pela intercessão de Maria
possa alcançar para a Igreja um empenho sem precedentes na atividade
catequética para que a Igreja possa desempenhar a missão recebida do seu
Senhor: ide e ensinai... (Mt 28,19)” (cf. CT 73).
Senhor, fazei que não percamos as oportunidades de vos
tornar mais conhecido e amado por uma tomada de consciência na fé, um
testemunho de vida na esperança, e um anúncio da salvação na caridade.
Mensagem Final
Num comentário sobre São Justino, um dos grandes padres da
Igreja primitiva, lemos que o seu sonho ou a sua ambição consistia em
evangelizar a cultura do seu tempo. Esse sonho é também o desejo, o impulso, o
esforço, a meta porque não dizer, a vida de todo discípulo de Cristo em todas
as épocas, lugares e culturas: inserir os valores evangélicos em todas as
estruturas sendo realmente fermento, sal e luz pelo testemunho e anúncio dos
ensinamentos de Jesus Cristo, o Verbo da Vida, o enviado do Pai das luzes para
a salvação de todos os homens, de todos os tempos. Essa é a nossa paixão de
catequistas.
OBJETIVOS DA CATEQUESE
Vimos anteriormente a importância que a
Igreja, de um modo particular nos nossos tempos, dedica à Catequese.Mesmo nas
sociedades ditas cristãs, percebe-se um esvaziamento ético e moral, por isso, “Impõe-se
uma Evangelização Renovada e não apenas baseada na Tradição Cultural Os
homens que crêem hoje não são inteiramente iguais aos homens que creram em épocas
passadas. Surge daqui a necessidade de assegurar a perenidade da Fé e ao mesmo
tempo de propor a mensagem da salvação de maneira nova (DCG 2).
Nesta perspectiva realça-se a importância
dada à Catequese: “A Catequese faz parte do Ministério da Palavra. Ela é, por
isso, um aspecto ou momento da Evangelização”. (C.R 72). Realiza-se em um grupo contínuo, reunido
semanalmente. Também João Paulo II nos diz que “a finalidade da Catequese no conjunto
da Evangelização é a de constituir a fase de ensino e de ajudar a maturação”
(CT 20).
“A Catequese apresenta uma PESSOA e não
uma verdade apenas. O Cristianismo não é um sistema filosófico. Cristo veio e
continua a viver em sua Igreja. Impõe-se, portanto, uma Catequese
Cristocêntrica” (Madre Maria Helena Cavalcanti).
O objeto essencial e primordial da
catequese, para empregar uma expressão que São Paulo gosta de usar e que é
freqüente também na teologia contemporânea, é o “mistério de Cristo”.
Catequizar é levar alguém, de certa maneira, a perscrutar este mistério em
todas as suas dimensões.
“Neste sentido, a finalidade definitiva da
Catequese é a de fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em
Comunhão, em intimidade com a pessoa de Cristo: somente Ele pode levar
o amor do Pai no Espírito e fazer-nos Participar na vida da Santíssima
Trindade”.(CT 5)
Este é basicamente o objetivo da Catequese:
POR EM COMUNHÃO COM A PESSOA DE CRISTO.
E qual o papel do
Catequista?
“O Catequista é de certo modo o
intérprete da Igreja junto aos catequizandos. Ele lê e ensina a ler os sinais
da fé, entre os quais o principal é a própria Igreja”. (DGC35)
Sendo assim, o catequista deve ser fiel
à transmissão, não somente da Mensagem Bíblica em seu conteúdo intelectual, mas
também, sua realidade vital encarnada nos fatos da vida do homem de hoje”
(CR73).
Constata-se um esfriamento da fé em
todo o mundo. “Poucos querem conhecer e seguir toda a verdade, a maioria quer
conseguir um pedaço da mesma, ao seu
gosto, o suficiente para ficar quites com Deus, com o mundo e com a própria
incapacidade”(Madre Maria Helena Cavalcanti)*. Superando esta dicotomia, e,
“para fazer crescer no plano do conhecimento e da vida o gérmen da Fé” (CT 25),
o ensino deve ser ocasional e metódico, exige sistematização, mas também que o
catequista explore as ocasiões que poderiam ilustrar a aula, seja, portanto, um
ensino que desabroche em vida”.(Madre Maria Helena Cavalcanti).
Convém pôr em evidência algumas
características:
*Ensino sistemático;
*Que se concentre no essencial;
*Suficientemente completo;
*Iniciação Cristã integral
* Carta à uma aluna: 1953
“Cabe à Catequese promover o começo e o
progresso desta vida de Fé durante toda a existência do homem até o
desenvolvimento completo da Verdade e sua plena aplicação à vida humana.” (DCG
30)
A PESSOA DO CATEQUISTA
“O catequista é de certo modo o intérprete da
Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
É preciso não só “fazer” seu trabalho,
mas acreditar nele.
A idéia essencial que deve dominar toda
a nossa atividade é: “somos instrumentos”. O primeiro sentimento que brota
dessa tomada de consciência é o de profunda humildade.. “É preciso que
Ele cresça e eu diminua.”
Nessa tarefa de evangelização CRISTO
nos precede no coração humano.
É imprescindível contar com a graça de
Deus. Fazer tudo como se tudo dependesse de nós, mas sabendo que tudo depende
d’Ele. Precisamos ser pessoas de fé. É ela que dá sentido a toda a nossa
atividade. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. (He 11,6). É necessário
alimentar a nossa fé pela oração. O nosso apostolado para ser fecundo deve
jorrar desta união com Deus.
Um ponto
fundamental é o testemunho de vida do catequista.
Pregamos mais com aquilo que somos do
que com aquilo que falamos. Procuremos
nos tornarmos transparentes para que todos vejam a Face Divina através de
nós..
"O pão da sã doutrina não será
preparado somente com o conhecimento e o estudo. Precisa ser amassado com a
caridade, a humildade, a compaixão, o zelo pela salvação dos irmãos, enfim, com
a vida".
(Madre Maria
Helena Cavalcanti)
Sejamos transparentes à verdade que
ensinamos. Sejamos canais. Não nos deixemos dominar pela ansiedade do
sucesso. A verdade não é resultado de
estatísticas...
“Viver de esperança é plantar bem no
presente e ter no semear a mesma alegria da colheita”.
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
Semear na alegria. Tempo, trabalho e
amor são os ingredientes necessários às grandes construções.
“A primeira e mais sublime obra do amor
ao próximo é a propagação do Evangelho”.
“A tarefa do catequista: apresentar os
meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho” (CT 147).
“A alegra é um bom método de
aprendizagem.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
“A formação do Catequista: desenvolver a arte de levar a mensagem, mas principalmente, a vivência
comunitária da fé”... (CR 150. Faz-se necessária a interação entre a atividade
catequética e a vida.
“Catequizar é ensinar a ver Deus na
transparência das coisas”
(Madre Maria
Helena Cavalcanti)
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 0 a 6 ANOS
Introdução:
Antes de ministrarmos qualquer tipo de
ensino, é necessário conhecermos as pessoas a quem vamos ensinar.
Para que a criança possa amadurecer na
fé precisamos levar o conteúdo da mensagem cristã adaptada ao seu
desenvolvimento psicológico.
I – Características desta fase:
- A criança aprende através de
experiências sensoriais: vendo, apalpando, ouvindo, movimentando-se – Fala com
o corpo todo.
- É egocêntrico – Ainda não consegue
distinguir entre o seu ser e as coisas que o cercam. Ela é o centro do seu
mundo infantil, por isso é difícil dividir seus brinquedos, quer ser a primeira
em tudo.
- Possui o “pensamento mágico” – Ainda
não faz diferenciação entre o mundo real e o imaginário. Vive no mundo do faz
de conta.
- Gosta de imitar – A criança revela
fielmente a atitude das pessoas que a cercam.
- É muito afetiva – A criança mostra
grande necessidade de dar e receber carinho.
- Descobre pouco a pouco sua auto
identidade, por volta dos três anos. Eu existo, sou pessoa.
- Coordenação motora ainda em
desenvolvimento, devemos ter cuidado para não exigir mais do que ela é capaz.
- Vive o presente – vive o momento
presente e está aberta a aprender tudo o que é novo.
II – Educação da Fé
Pode ser ministrado de maneira orgânica, mas é, sobretudo
ocasional, já que a criança vive o momento presente.
Os pais e
os catequistas devem aproveitar as festas litúrgicas, as do calendário civil, os acontecimentos do
dia a dia. Assim iniciarão as crianças pequenas na busca de Deus e das
realidades espirituais, revelando-lhes pouco a pouco, o mistério da
salvação e ajudando-os a vive-lo.
“Pela força
do ministério da educação, os pais mediante o testemunho de vida são os
primeiros arautos do Evangelho junto aos filhos.” Familiaris Consortio (João
Paulo II)
A oração: A oração é expressa na admiração
infantil. Sempre que houver oportunidade devemos levar a criança a fazer
orações espontâneas de agradecimento, de louvor, ou para pedir ajuda e perdão.
“Brevíssimas
orações que as crianças hão de aprender a balbuciar, constituirão o início de
um diálogo amoroso com aquele Deus escondido de que elas vão começar em seguida
a ouvir a Palavra”.CT 36
Atividades: desenho, modelagem, dramatização,
jogos, pintura, dobradura, colagem, musicas com gestos, musica ilustrada,
passeios, etc...
.
III – Idéia Essencial:
Eu sou uma pessoa amada por Deus
Deus revela seu amor criando o mundo e todas as pessoas .
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES - 7 A 9 ANOS
Introdução:
A criança,
cujo mundo inicial não transpõe as paredes do lar, vai pouco a pouco, alargando
seu universo social.
O processo
de socialização é favorecido pela comunidade de fé e da escola.
I – Características desta fase:
- Esta idade é classificada como idade
estável, tanto sob o aspecto do desenvolvimento físico como do psíquico e
intelectivo.
- Ocorre uma transformação lenta, e a
criança passa da contemplação para a ação, da admiração para a crítica, do
egocentrismo para o estado social.
- Acontece também a transformação
profunda do seu pensamento que se torna mais objetivo.
- A criança começa a desenvolver a
consciência moral.
“A maior
força educacional é o amor.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
- Ocorre uma transformação de sua
liberdade.
- No colégio, na Igreja e em outros
ambientes, vai criando amizades pessoais. Por isso, este é o momento para se
cultivar uma relação pessoal com Deus.
- É o momento ideal para o encontro com
Deus através dos Sacramentos da PENITÊNCIA e da EUCARISTIA.
Desenvolver a fé e o amor ao Deus
pessoal constitui a base para a vida do cristão. Diz a Exortação Apostólica
Catechesi Tradendae em referência à catequese na infância, que se trata de
“introduzir as crianças, de modo orgânico, na vida da Igreja ”compreendendo
“também uma preparação imediata para a celebração da Eucaristia.”(CT 37)
II – Educação da Fé
A iniciação religiosa terá como
característica o ensino das Verdades e atitudes cristãs essenciais, com
objetividade e realismo. Catequese inicial, sim, mas não fragmentária, uma vez
que ela deverá apresentar, embora de
maneira elementar todos os mistérios principais da fé e sua incidência
na vida moral e religiosa das crianças.”(CT 37)
A iniciação
sacramental possui dois aspectos:
·
Participação
na comunidade: a criança penetra na vida da Igreja e deve ser ajudada pela
comunidade.
·
Participação
na liturgia: pelos sacramentos da confissão
e comunhão a criança irá participar mais plenamente da liturgia.
III – Idéia Essencial:
Deus realiza nossa salvação através de uma longa história,
que se realiza com fatos concretos.(CR 185 – 187).
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 9 a 12 ANOS
Introdução:
Neste
período a criança vive um momento de certa estabilidade em seu desenvolvimento
e já é capaz de uma atividade constante,
alem de avaliar melhor suas atitudes e das outras pessoas. Participa ativamente
da vida em comunidade e vive relações de amizade, propiciando a educação da fé
e a experiência eclesial.
I – Características desta fase:
- Acentuada atividade: É a idade da ação
e da valorização do mundo que a cerca. A criança assimila melhor aquilo que
vivenciou.
-
Interesse
objetivo: Para que servem as coisas? Como são feitas? Posso ajudar?
-
Estabilidade
física e psicológica: Age com maior precisão e segurança.
- Sensibilidade ao grupo: Sofre
influência dos colegas, submetendo-se à mentalidade do grupo.
- Raciocínio mais sistematizado: Revela
interesse em possuir e demonstrar conhecimento.
II – Educação da Fé
A pedagogia catequética deve acompanhar
o desenvolvimento global do catequizando. A faixa etária de 9 à 12 anos é
considerada a idade da ação por excelência.
Por isso, “a alegria da ação, da boa
ação, a cooperação com os outros, a disciplina clara e racional dessa inserção
na sociedade, mas igualmente para a participação ativa na vida da Igreja.
Assim sendo, a pedagogia catequética,
qualquer que seja o método adotado, deve despertar a atividade das crianças.
Tal pedagogia ativa não há de limitar-se às expressões, embora úteis, mas
deverá estimular para uma resposta do coração a para o gosto da oração.” (DGC 90)
Torna-se importante iluminar com a
Palavra de Deus os acontecimentos da vida.
Aparece aqui a necessidade de
utilizar-se de material audiovisual, histórias, simbolismos que facilitem a
assimilação das verdades da fé.
Nesta faixa etária desenvolve-se ainda
mais o sentido social. A criança gosta de viver em grupo, trabalhar em equipe.
Pode-se enriquecer a catequese com várias atividades de grupo: orações, cantos,
celebração, confecção de cartazes e painéis, realização de peças teatrais,
gincanas, atividades esportivas, recreativas e apostólicas.
Sendo a consciência moral desta idade
mais evoluída, a criança já é capaz de avaliar melhor os próprios atos e o dos
outros, manifestando seu arrependimento. Na catequese devemos realçar o aspecto
positivo da reconciliação, a alegria do perdão. Devemos levá-la a amar a Deus e ao próximo e realizar ações construtivas.
Não podemos esquecer que “para uma
educação apropriada e harmoniosa das crianças é necessária a colaboração entre
catequistas e pais. Tal colaboração é útil tanto aos catequistas como aos pais,
pois daqui lhes advêm auxílio e orientação para o exercício de suas
responsabilidades específicas.” (DGC 80)
PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 12 a 14 ANOS
Introdução:
Há
necessidade de uma certa flexibilidade para determinar o inicio e o fim das
diversas etapas do desenvolvimento. O menino ou menina que está entrando na
adolescência é diferente daquele (a) que já está em plena adolescência. O
pré-adolescente (12-14 anos) está numa idade de transição entre criança e
adolescente e vê-se que tal fase é freqüentemente esquecida no plano do ensino
religioso e da catequese. Os educadores e os catequistas não sabem como
interessá-los, como tratá-los e ficam desanimados diante de determinadas
atitudes. O educador precisa, portanto, procurar compreender o que leva os
pré-adolescentes a terem atitudes de indisciplina, critica, instabilidade e
agitação a fim de procederem mais eficazmente.
I – Características desta fase:
§ Liberdade que desperta
O pré-adolescente se afirma opondo-se (fase da oposição)
A oposição pode ser violenta e exterior: algazarra,
originalidade e crítica.
Não convêm ao educador dobrá-los a força mas procurar
orientá-los e motivá-los.
Formam grupos unidos na camaradagem que ainda não é amizade.
Instabilidade: às vezes torná-se criança dócil, afetuosa,
procura proteção e aprovação do adulto; outras vezes, assume o papel de moça ou
rapaz, libertando-se ostensivamente da influência do adulto.
§ Personalidade que se busca
O pré-adolescente não se satisfaz com o mundo da criança e
procura tudo que lhe permita entrar no mundo dos adultos. Procura nos adultos
atitudes exteriores que possa imitar. Os valores que atraem são diferentes para
os dois sexos:
Meninos – valores
de ação exterior: coragem, força, trabalho, gosto da criação...
Meninas – amor,
sentimento, o dom de si, o devotamento ao próximo.
A revolução fisiológica da puberdade faz com que desperte
neles um interesse marcante por tudo o que diz respeito ao corpo e aos
problemas da vida.
§ Personalidade com sonhos de grandeza
Essa idade é muito idealista:
Fervor imaginativo e heróico;
Ação entusiasta, mas pouco perseverante.
II – Educação da Fé
Consciência
moral semelhante à etapa dos 9 aos 12 anos – é a idade da lei, casuística e
moralizadora. Sente, entretanto , necessidade e uma liberdade moral: recusa da
lei imposta de fora..
Orienta-se
para um Deus mais pessoal; procura certa eficácia na religião; nem sempre gosta
de participar de atos litúrgicos.
A catequese
deve se basear numa doutrina sólida e esclarecedora pois esta idade é exigente
do ponto de vista intelectual.
O
catequista deve levar o adolescente a unir suas descobertas com a mensagem
cristã – ter uma visão cristã da vida.
Procuremos
educar-lhe a liberdade nascente. “A liberdade do homem encontra a sua
verdadeira e plena realização na aceitação da lei moral dada por Deus.”
Alguns caminhos
possíveis:
Conteúdo mais explicitamente doutrinal.
Cristo revelando a grandeza de Deus e também do homem.
Cristo ensinando a verdadeira liberdade
Linha histórica
Heróis do Antigo e Novo Testamento e outros heróis da fé
Temas da atualidade
Aproveitar os acontecimentos da vida
real e confrontar com a mensagem cristã..
Conclusão
Os pré-adolescentes olham acima de si
mesmos, portanto , nossa catequese deve ser aberta para o futuro e firmar as
bases necessárias para a vivência da fé.
“O
futuro não é alguma coisa que vem, é você que vai.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
A VIDA RELIGIOSA DO ADOLESCENTE DE HOJE
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
Mundo de
hoje...Tentação de desânimo.
·
Podem
os homens tais quais são hoje em dia atingir o mistério de Cristo?
·
Apesar
de todos os esforços a Igreja não será sempre um pequeno rebanho?
·
O
Cristo não estará ausente da nossa época?
Outras tentações:
Conseguir
uma fórmula mágica? Ânsia de novidades.
O
insucesso pode provocar uma ruptura com o passado
Tentação
da popularidade
Tentação
da teimosia ou preguiça
Conclusão
O
educador da fé é um instrumento
Não há
“truques para êxitos fáceis”.
A catequese do adolescente necessita
de:
·
Muita
caridade
·
Muita
inteligência
·
Muito
trabalho
·
Imaginação
– criatividade
·
Continuidade
nos esforços
O ADOLESCENTE NO SEU AMBIENTE
A vida religiosa no lar do adolescente
Qual a religião que vê no seu lar?
Será que em casa os pais dão testemunho cristão?
Será que na hierarquia de valores da vida no lar o mais
importante é a amizade com Cristo e o engajamento em sua Igreja?
Será a conduta dos pais norteada por princípios cristãos?
Será que os pais dispensam a educação religiosa dos filhos
ao menos a metade da atenção que dispensam a instrução profana?
Será que os pais dão uma nova apresentação da fé
proporcional às necessidades do adolescente?
Conclusão:
Dêem os pais um testemunho de vida cristã e não somente de
algumas práticas desligadas da existência.
O adolescente no Colégio
O campo é missionário:
·
Primeira
apresentação do Evangelho
·
Avaliar
a realidade do colégio e da turma
·
Conhecer
os adolescentes em suas dimensões psicológicas, sociais e políticas.
·
“Acender
uma chama...”em vez de derrubar uma montanha
·
Revelar
a verdade que canta
·
Visar
todas as dimensões do ser
Uma catequese global exige:
Aulas, retiros, musicas, conferências, colônia de férias,
atividades apostólicas, liturgia...
Conclusão
Anunciar o Evangelho como mistério atual para o homem de
cada época é sempre possível.
O adolescente visto fora de suas influencias ambientais é
como uma frase solta do contexto: sem sentido.
Amar o
adolescente mais e melhor
Ter
paciência para trabalhar a longo prazo
O que
nos parece desagradável é na verdade, uma riqueza mal definida.
Características:
Ruptura
com o passado
Desejo
de se afirmar
Capacidade
de admiração
Desejo
de tudo conferir
Imensa
afetividade
Necessidade
de atividades
Sonhos e idealismos
Necessidade
de amizade
Espírito
de imitação
"Cristo nos
precede nessa tarefa, a mais divina de todas".
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
ROTEIRO
PARA GRUPOS DE JOVENS CATÓLICOS
Madre Maria Helena Cavalcanti
Com que finalidade
nos reunimos:
Poderíamos pertencer a um: clube →Grupo social
Time
→Grupo recreativo
Grêmio
→Grupo esportivo ou permanecer sozinhos.
“O mal não é nós, jovens, dançarmos e irmos
ao cinema;
o mal é não sabermos senão dançar e ir
ao cinema.” (Carlos Vélez)
O que pretendemos
neste encontro:
Como jovens cristãos:
·
Viver
conscientemente a nossa fé;
·
Participar ativamente na construção de um
mundo melhor;
·
Repudiar a neutralidade, o comodismo, a
indiferença;
·
Formar uma mentalidade, estruturar uma
filosofia de vida, uma escala de valores.
VER, JULGAR E AGIR, SEGUNDO OS
CRITÉRIOS DE CRISTO.
Como alcançar
estes objetivos?
- Levando
a sério as reuniões semanais, refletindo, trocando idéias...
- Ter
um diretor espiritual – o sacerdote e como dirigente animador um(a) religioso(a) ou um leigo qualificado
para a função;
- Iniciar
as reuniões com a leitura da Sagrada Escritura seguida de partilha;
- Focalizar
temas doutrinais e da atualidade: Ver, julgar e agir.
VER: com Realismo
Retidão
Sinceridade
Objetividade
“Jovem, pare e
pense!
Não aceite tudo.
Não rejeite tudo!”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
JULGAR: à luz do Evangelho, abrindo a nossa
inteligência e o nosso coração. Não somos donos da Verdade, nós pretendemos
servi-la.
“O que caracteriza
uma personalidade amadurecida
é a capacidade de
discernir os verdadeiros valores e
estar disposta a
pagar por eles o seu preço“.
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
AGIR: concretizar através de atitudes o modo
de ver e julgar. O jovem cristão trabalha seriamente em seu aperfeiçoamento
religioso, moral e intelectual. A ação cristã não dispensa certos requisitos;
não basta agir, é preciso agir bem. Pensar e não concretizar é uma sinfonia
inacabada.
“O amor quanto
mais alto, mais prático.”
(São João da cruz)
Conforme o
dom recebido e cultivado o jovem poderá colaborar em atividades: catequéticas,
culturais, sociais, recreativas etc.
Não basta a
irradiação individual, é necessária a irradiação social da fé
AMIZADE CRISTÃ
A
verdadeira amizade é aquela que se abre para os outros. Como reconhecê-la?
- pelos deveres = suportar-se mutuamente
- pelas doçuras = poder confiar-se
- pelas vantagens = correção recíproca
- pelas aspirações = ideal e trabalho comum
PARTICIPAÇÃO NA
VIDA DA IGREJA
“Sem Mim
nada podeis.”(Jô 15,5)
·
Santa
Missa ↔ Eucaristia
·
Leitura
Espiritual diária
·
Vida
de Oração
·
Devoção
a Santíssima Virgem Maria
·
Pelo
menos um sacrifício por dia por amor a Deus
O VALOR DO
SACRIFÍCIO
* forja o caráter
* forma o homem digno desse nome
* facilita a convivência
* prepara o cidadão terrestre e celeste
Preferir sempre o cumprimento do dever realizado o melhor
possível, por amor
INICIAÇÃO
CRISTÃ DE ADULTOS
A iniciação cristã de adultos
O
cristianismo é uma religião revelada
Ninguém
nasce cristão
Tornamo-nos
cristãos pela iniciação
História
à No inicio da Igreja, a catequese era
dirigida preferencialmente aos adultos, no contexto do catecumenato.
à As primeiras comunidades iniciavam os cristãos
à vivencia comunitária através da escuta da Palavra, das celebrações e do
testemunho de vida.
à A adesão à Cristo e a conversão do
candidato levavam aos sacramentos da Iniciação cristã e à sua integração no
seio da comunidade (At 2,37-41; 4, 35-37).
à Época da cristandade (época do
catecumenato social). A partir do século V, a catequese vai deixando de ser
iniciação na vida da comunidade de fé, pois a sociedade inteira se considerava
animada pelo cristianismo.
à A catequese passa a ser feita através
de um processo de imersão num contexto familiar e cultural com fortes traços
cristãos.
à Nesta época, com a generalização do
batismo das crianças e a decadência do catecumenato, entra em crise a catequese
em geral e, portanto, também a catequese de adultos.
Redirecionamento
à O grande despertar catequético do
século XVI como resposta à grave situação de ignorância religiosa do povo
cristão, trouxe consigo um novo impulso para a catequese de adultos,
principalmente através do CONCÍLIO DE TRENTO, que tornou obrigatório aos
párocos a instrução catequética aos fiéis cristãos especialmente no domingo.
à Na época moderna, diversas
circunstâncias, mas sobretudo a secularização da instrução religiosa fazem com
que haja “infantilização” da catequese levando a catequese de adultos a um
estado insatisfatório.
à Em muitos adultos, a falta de vivência
pode tornar a fé relativizada, individualista, intimista, desencarnada, movida
por interesses pessoais.
à A partir da segunda metade do século
XX, especialmente após o CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965) volta-se a
reconsiderar a necessidade de catequese de adultos.
A iniciação cristã
de adultos no Brasil
v 1983 – a CNBB publica o documento
CATEQUESE RENOVADA – nº 130: “é na direção dos adultos que a evangelização e a
catequese devem orientar seus melhores agentes. São os adultos os que assumem
mais diretamente, na sociedade e na Igreja, as instancias decisórias e mais
favorecem ou dificultam a vida comunitária, a justiça e a fraternidade”.
v 1986 – 1ª SEMANA BRASILEIRA DE
CATEQUESE
Tema: Fé e vida em comunidade
Lema: Renovação da Igreja e
transformação da sociedade
Temas de grande importância para a
catequese de adultos
A comunidade como ambiente privilegiado
de catequese.
O princípio metodológico de interação
entre fé e vida
A realidade sócio econômica e cultural
como contexto teológico e catequético.
v 2001 – 2ª SEMANA BRASILEIRA DE
CATEQUESE
Tema: Com adultos, catequese adulta
Lema: Crescer rumo a maturidade em
Cristo
Enfatiza a necessidade da volta do
catecumenato na iniciação cristã de adultos
Reedição do Ritual de Iniciação Cristã
de Adultos (RICA)
O catecumenato
O que é catecumenato?
à É o método proposto pela Igreja, desde
seu início, para realizar comunitariamente a INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS
à É um processo
à Realiza-se em etapas
à Os ritos marcam a passagem de uma etapa
para outra
O CANDIDATO DESEJOSO DE ENCONTRAR
A DEUS, ACOLHE A PALAVRA E ENTRA EM UM PROCESSO
DE CONVERSÃO, NUM ITINERÁRIO PESSOAL
E EM ÂMBITO COMUNITÁRIO.
O catecumenato se divide em 4 etapas:
- Pré-catecumenato
(RICA 9)
- Catecumenato
(RICA 14)
- Tempo
de Purificação e iluminação (RICA 21)
- Mistagogia
(RICA 37)
- O Pré-catecumenato
É o período de evangelização
à Tempo destinado para que seja
amadurecida a vontade sincera de seguir a Cristo.
à Com a ajuda de um introdutor e a graça
de Deus há uma conversão inicial, através da qual a pessoa se sente chamada a
afastar-se do pecado e a mergulhar no mistério do amor de Deus.
à A duração dependerá do candidato, que
deverá apresentar sinais de conversão.
à O fim deste período é marcado pelo Rito
de Entrada no Catecumenato.
- Catecumenato
É o espaço de tempo em que os candidatos recebem formação e
exercitam-se na prática da vida cristã.
- Meios
de catecumenato:
A catequese
Prática de vida cristã
Ritos litúrgicos
Cooperar ativamente para a
evangelização e edificação da Igreja.
- Também
não há tempo determinado para este período, pois cada pessoa responde de
forma pessoal e em seu tempo próprio.
3.Tempo
de Purificação e Iluminação
Este período realiza-se
prioritariamente no tempo da Quaresma
- Período
destinado a intensa preparação espiritual, a fim de purificar a mente e o
coração do “eleito”, para iluminá-lo com a consciência mais profunda de
Cristo
- Começa
com o Rito da Eleição, ou Inscrição do Nome, realizado no 1º domingo.
- Nos
três domingo seguintes são realizados os Ritos dos Escrutínios.
- No
5º domingo são realizados os Ritos das Entregas:
Do Símbolo dos Apóstolos (Credo)
Da Oração do Senhor (Pai Nosso)
- A recepção dos Sacramentos do
Batismo,Crisma e Eucaristia, na Vigília da Páscoa, é o momento culminante
do Catecumenato (RICA 27)
4. Mistagogia
A quarta etapa do catecumenato realiza-se durante o tempo
pascal, e tem por finalidade permitir que os neo-cristãos , participando junto
com a comunidade da Celebração Eucarística, vivenciem mais profundamente o
Mistério Pascal de Cristo.
A importância da
comunidade
·
A
iniciação cristã tem a comunidade eclesial como seio materno, no qual nasce e
se fortalece.
·
O
adulto não amadurece na fé apenas pelo aprendizado de conceitos , mas
convivendo dentro de uma comunidade cristã que o acolhe e apóia e da qual ele é
membro que dá e recebe.
·
A
catequese com adultos somente poderá dar frutos nas comunidades se inserida
dentro de um plano de pastoral de
conjunto da Igreja local.
A
figura do introdutor
§ Aquele que vem buscar a Deus deve ser
acolhido em qualquer tempo
§ O RICA apresenta a figura dos
introdutores como um ministério específico da iniciação cristã de adultos.
O INTRODUTOR É O SEMEADOR QUE VAI
PREPARAR O TERRENO PARA QUE
A SEMENTE DA FÉ POSSA FLORESCER E DAR FRUTOS.
Perfil do
intrdutor:
·
Uma
pessoa de fé já iniciada
·
Costante
na vida litúrgica e na comunhão eucarística
·
Orante
·
Atenta
a palavra de Deus e ‘a vida
·
Inserida
na comunidade eclesial e fiel ao magistério da Igreja
·
Amiga
dos irmãos
·
Solidária
com os mais pobres
·
Respeitosa
com todas as religiões
·
Simples
no relacionamento pessoal
O introdutor é um amigo que,
partilhando sua própria experiência com o candidato, vai ajudá-lo a caminhar na
fé e estabelecer uma relação pessoal com Deus e com a comunidade.
Sem ter a função de catequista ou
psicólogo, anuncia o Kerigma com seus principais conteúdos. Amor de Deus,
Pecado, Salvação em Jesus Cristo, Promessa do espírito Santo.
Em todas as pastorais, movimentos e
associações, podemos encontrar pessoas que se enquadram no perfil necessário ao
introdutor.
A
preparação dos introdutores
Aqueles que se dispuserem a exercer
esse ministério serão preparados para o serviço através de um breve curso de
formação.
Conclusão:
“Este
esforço da equipe de catequistas se encaixa perfeitamente no trabalho 10º plano
de pastoral de conjunto da nossa arquidiocese, em que a catequese com os
adultos obteve destaque especial”.
(D
Eusébio Oscar Scheid)
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