quarta-feira, 9 de maio de 2012

EVANGELII NUNTIANDI Apostila de Psicopedagogia Religiosa

Curso Luz & Vida


Apostila de Psicopedagogia Religiosa


Madre Maria Helena Cavalcanti
 e Irmãs de Belém
Missionárias Catequistas
nas  escolas  leigas
Curso Luz e Vida
Programa
Psicopedagogia Religiosa
Fundamentação Catequética
Evangelii Nuntiandi
Necessidade e Importância da Catequese
Querigma e Catequese
Catequese Hoje
Objetivos da Catequese
A Pessoa do Catequista
Psicopedagogia Religiosa (infância e adolescência)
Psicopedagogia Religiosa 0 – 6 anos
Psicopedagogia Religiosa 7 – 9 anos
Psicopedagogia Religiosa 9 – 12 anos
Psicopedagogia Religiosa 12 – 14 anos
A vida religiosa do adolescente de hoje
Pastoral da Juventude e Catequese de Adultos
Roteiro para Grupo de jovens católicos
Iniciação cristã de adultos

EVANGELII NUNTIANDI

Exortação Apostólica Sobre a Evangelização no mundo Contemporâneo.

(Papa Paulo VI –1975)

Fruto do Sínodo dos bispos sobre Evangelização, realizado em Roma em 1971, é considerada a "obra prima" de Paulo VI, pela beleza, firmeza e atualidade. Divide-se em 7 capítulos, que são:

Cap. I: DE CRISTO EVANGELIZADOR A UMA IGREJA EVANGELIZADORA

Testemunho e missão de Jesus: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4,43).(EN 6)

A Missão de Jesus constitui-se em alegre anúncio da realização das promessas e da Aliança feitas por Deus. Através dEle, são concedidos a todos os homens, graça e misericórdia, por parte de Deus. “Mas, antes de mais nada, cada um dos homens conquistará mediante uma total transformação do seu interior que o Evangelho designa com a palavra “METANÓIA ”, uma conversão radical, uma modificação profunda dos modos de ver e do coração”.(EN 10)

“Formar em nós uma mentalidade, estruturar uma filosofia de vida, uma escala de valores, que nos permita ver, julgar e agir segundo os critérios de Cristo”.
 (Madre Maria Helena Cavalcanti).

"A Igreja nasce da ação evangelizadora de Jesus e dos doze”(EN 15).Ela é o fruto normal, querido, o mais imediato dessa evangelização.
Nascida da missão, pois, a Igreja é por sua vez enviada por Jesus. A tarefa de evangelizar todos os homens constitui a MISSÃO ESSENCIAL DA IGREJA: “Não tenho de fato de que  me gloriar, se eu anuncio o Evangelho, é um dever este que me incumbe, ai de mim se não evangelizar.”  (1 Cor. 9,16). Através da vida de oração, escuta da Palavra, caridade fraterna e da fração do Pão, se torna um testemunho a provocar: ADMIRAÇÃO e CONVERSÃO e se desenvolve na PREGAÇÃO e ANÚNCIO DA BOA NOVA”(EN 15).

Cap. II: O QUE É EVANGELIZAR?
Evangelizar para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e, pelo seu influxo, transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade”(EN 17. É um anúncio de Cristo  que impregne mente, coração e vida, levando necessariamente ao engajamento e ao apostolado.

Cap. III: O CONTEÚDO DA EVANGELIZAÇÀO
"Evangelizar é, em primeiro lugar, dar testemunho de maneira simples e direta de Deus revelado por Jesus no Espírito Santo. Dar testemunho de que no seu Filho Ele amou o mundo; de que no Verbo Encarnado Ele deu o ser a todas as coisas e chamou os homens para a vida eterna"(EN 26).
"A evangelização há de conter também sempre - ao mesmo tempo como base, centro e ápice do seu dinamismo - uma proclamação clara que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todos os homens, como Dom da graça e da misericórdia do mesmo Deus” (EN 27).                                     
 Na alocução de abertura da terceira Assembléia Geral do Sínodo foi bem acentuada “a necessidade de ser reafirmada claramente a finalidade especificamente religiosa da evangelização”. (EN 32)

Cap. IV: AS VIAS DA EVANGELIZAÇÃO
As maneiras de evangelizar variam de acordo com as circunstâncias de tempo, de lugar e de cultura, devem, porém, manter inalterável o conteúdo da fé. Algumas vias, por um motivo ou por outro, se revestem de uma importância fundamental. Por exemplo:
A) TESTEMUNHO DE VIDA CRISTÃ: ‘O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”( Paulo VI)
B) PROCLAMAÇÃO DA MENSAGEM EVANGÉLICA NA LITURGIA: Na Liturgia da Palavra, a homilia é um instrumento valioso e muito adaptado para a evangelização.
C) CATEQUESE: transmite de forma sistemática o conteúdo da fé de modo a formar hábitos de vida religiosa.
D) OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: “...a mensagem evangélica, através deles, deverá chegar sim às multidões de homens; mas com a capacidade de penetrar na consciência de cada um deles”(EN 45).
E) A VIDA SACRAMENTAL: “Educar de tal modo a fé, que esta depois leve cada cristão a uma vivência sacramental”(EN 47) 
F) O CONTATO DE PESSOA A PESSOA: “Só uma chama acende outra chama”.(Madre Maria Helena Cavalcanti).
G) A RELIGIOSIDADE POPULAR: São “expressões particulares da busca de Deus e da fé”. Traduzem, em si, uma certa sede de Deus”, por suscitar atitudes interiores( paciência, sentido da cruz na vida cotidiana, desapego aceitação dos outros, dedicação, devoção, etc.) é chamada de “piedade popular”.(EN 48)


Cap. V: OS DESTINATÁRIOS DA EVANGELIZAÇÃO
As últimas palavras de Jesus no Evangelho de São Marcos conferem à evangelização, uma universalidade sem fronteiras: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15).  Apesar das dificuldades, a Igreja reanima-se constantemente com a sua inspiração mais profunda neste mandato do Senhor.

Cap. VI: OS AGENTES DA EVANGELIZAÇÃO
“Toda a Igreja é missionária, a obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus”.(EN 59).Esta realidade deveria despertar em nós duas convicções:
*evangelizar é um ato eclesial
*a atividade missionária deve acontecer em comunhão com a Igreja e com os seus pastores.

Cap. VII: O ESPÍRITO DA EVANGELIZAÇÃO
“Nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo”(EN 75). O Espírito Santo desceu sobre Jesus antes de começar o ministério público.(Mt 3,17).Foi só depois de Pentecostes que os discípulos partiram em missão (At 2,17).Impelido igualmente por este mesmo amor, o cristão deve ter a preocupação de comunicar a verdade, respeitando a situação religiosa e espiritual das pessoas as quais se dirige; respeito pelo ritmo, pela consciência e convicções, que devem ser tratados sem dureza.

CONCLUSÃO:
Paulo VI termina, invocando a intercessão de Maria: “Maria, que presidiu a prece na manhã de Pentecostes, seja a estrela da evangelização sempre renovada, que a Igreja, obediente ao mandato do Senhor, deve promover e realizar”. (EN 82)

NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA DA CATEQUESE

(Madre Maria Helena Cavalcanti)


“Os últimos Papas atribuíram a catequese um lugar eminente na solicitude pastoral”.(CT 2) .
- A 18 de março de 1971, o Papa Paulo VI aprovou o Diretório Catequético Geral (DCG) compilado pela Sagrada Congregação para o Clero “tendo diante dos olhos o que foi exposto pelo Concílio Vaticano II”.
- Em 1974, o tema do Sínodo foi a Evangelização.
- Em 1975, foi instituído o Conselho Internacional de Catequese.
- A 8 de dezembro de 1975, Paulo VI publica a notável exortação apostólica sobre a Evangelização no mundo contemporâneo.(EN)
- Em 1977, realizou-se o Sínodo sobre Catequese.
- A 16 de outubro de 1979, nosso Papa João Paulo II publica a exortação apostólica Catequese Hoje que tanto marcou os trabalhos catequéticos. (CT)
- Em 1979, em Puebla (P), os Bispos da América Latina se reuniram para estudar a evangelização no presente e no futuro da América Latina, deixando-nos ricas conclusões.
- Os Bispos do Brasil, a 15 de abril de 1983, aprovaram o documento Catequese renovada (CR), orientações e conteúdo que tanto contribui para a Catequese em nossa Terra.
- Em 1983, os Bispos da América Latina se reuniram em Santo Domingo (SD) para refletir e dar as diretrizes para a Nova evangelização, Promoção humana e cultura cristã.
- Coroando tantos documentos preciosos, João Paulo II, nos legou o grande tesouro do Catecismo da Igreja Católica (CCE), no trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (8 de dezembro de 1992), e depois(15/08?1997 - Edição típica vaticana)
O Catecismo é “texto de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé.” (João Paulo II).
-         E, a 15 de agosto de 1997 – o Diretório Geral para a Catequese, que atualiza as orientações Gerais para a Catequese em toda a Igreja. (DGC)
-         2001 - 2ª Semana Brasileira de Catequese, promovida pela CNBB: " Com adultos, catequese adulta."
-         2006 - Diretório Nacional de Catequese (CNBB)

Pode surgir em alguns uma pequena pergunta: a catequese ainda é necessária no mundo de hoje? Qual a sua importância atualmente?
O ser humano tem várias necessidades. Algumas são básicas como o alimento, terra, moradia, instrução, saúde, segurança, amor etc.
Mas a lista das necessidades é imensa. É bem verdade que enquanto algumas são reais outras são criadas pela sociedade consumista em que vivemos. Na verdade precisamos realmente de menos do que muitas vezes supomos. Algumas necessidades têm em vista a pessoa humana em sua dimensão material e emocional. Somos, porém, cidadãos deste mundo e do outro, do Céu e da Terra. O homem de ontem, de hoje e de amanhã nunca pode se esquecer do homem eterno.
Tendo em vista a dimensão sobrenatural do homem e da mulher não podemos deixar de concluir que sua necessidade maior é a salvação eterna.

O próprio Jesus disse:

“Aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”.
De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?” (Mt 16,25s). Essa vida mais valiosa do que o mundo inteiro é a vida eterna, a união com Deus.
É bem verdade que o mundo não dá a menor impressão de que a salvação e a vida eterna sejam o mais importante. Por acaso é assunto dos jornais, das conversas, das notícias de televisão? Ao contrário, vê-se um esforço enorme para evitar a lembrança desse assunto de salvação, de vida eterna, de morte e tudo o que se relaciona com ela.

“Podemos viver à superfície das realidades, mas elas funcionam por suas essências.” (Madre Maria Helena Cavalcanti)

Por que tantos não querem encarar realidades espirituais? Toda luz no pensar implica mudança no agir. Muitos não querem ver porque não querem mudar. Preferem que Deus fique ausente de seus lares, seus negócios, ambiente de trabalho, lazer... Este é o grande mal do mundo em que vivemos.


"Entronizar Deus no mundo, nos corações, nos lares – eis o que é Evangelizar".
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

Torná-lo conhecido, amado, saber quem é Jesus, pois: “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Procurar conhecê-lo; Sua vida, Seus ensinamentos, Suas Palavras, Sua Igreja.

Finalidade da Catequese:
Ø  Comunhão com Jesus Cristo
Ø  Comunhão com a Trindade
                                                
“Quer comais, quer bebais, fazei tudo para glória de Deus” (1Cor 10,31).

"Neste sentido, a finalidade da catequese é a de  fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo. Somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade".  (CT 5)
           
Tarefas fundamentais para a Catequese:
-         Favorecer o conhecimento da fé
-         A educação litúrgica
-         A formação moral
-         Ensinar a rezar
-         Iniciação e educação à vida comunitária
-         Iniciação e educação à missão


"Concedei-nos, Senhor, a grande alegria de sermos fiéis mensageiros de Vossa Ressurreição por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança e um anúncio de salvação na caridade."
(Madre Maria Helena Cavalcanti)


 


QUERIGMA E CATEQUESE
                                                                        

Querigma
Catequese

Etimologia

Palavra grega: proclamar, gritar
Palavra grega: ensinar, reter
Objetivo
Nascer de novo
Ter vida
Crescer em Cristo
Conteúdo

JESUS

Morto           Salvador

Ressuscitado Senhor
Glorificado    Messias
Doutrina da fé:
Bíblia,
Dogma,
Moral,...
Método
. Proclama-se Jesus como Boa Nova
. Dirige-se principalmente à vontade
. Testemunho pessoal
. Ensina-se ordenada e progressivamente
. Dirige-se  principalmente ao entendimento
. Fé de toda a Igreja
Agente
Evangelizador
Testemunha cheia do Espírito Santo
Catequista

Mestre cheio do

Espírito Santo
Metas
. Encontro pessoal com Jesus pela fé e pela conversão
. Proclamação de Jesus como Senhor e Salvador
. Encontro com o Corpo de Cristo: a comunidade
. Santidade do povo de Deus.
Resposta
Pessoal
Comunitária e Social
Tempo
Hoje
A partir de hoje ...

E
V
A
N
G
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L
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Z
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Ç
Ã
O
Profética
Palavra Proclamada:
Anúncio verbal da Boa Nova
Sacerdotal
Palavra celebrada:

A liturgia, memorial da obra salvífica

Palavra vivida
Instauração do Reino de Deus no mundo.



E
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P
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T
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C
A

QUERIGMA

Primeiro anúncio da mensagem cristã

CATEQUESE

Ensino progressivo da fé
                                                              

Plano de Salvação
                                                                         Querigma

 

CATEQUESE HOJE

 (Comentários de Madre Maria Helena  Cavalcanti)

 

Histórico da exortação
            Na data de 16 de outubro de 1979, 2º ano do seu pontificado, João Paulo II entregou à Igreja a Exortação Apostólica Catequese Hoje fruto da 4ª Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos  realizada em outubro de 1977. O documento consta de uma introdução, nove capítulos e uma conclusão com um total de 73 subtítulos e, “repõe plenamente a catequese no quadro da evangelização”.

Introdução
Na introdução do documento o Santo Padre começa reafirmando a primordial importância da catequese “porque Cristo ressuscitado, antes de voltar para junto do Pai, deu aos apóstolos uma última ordem: fazerem discípulos de todas as nações e ensinarem-lhes a observar tudo aquilo que Ele lhes havia mandado” (cf. Mt 28, 19s) (CT 1).
A catequese é o conjunto de esforços da Igreja para realizar essa missão. Mesmo entre os católicos muitos precisam conhecer melhor sua fé e as razões de sua esperança.

- Nós temos um único Mestre, Jesus Cristo

Com alegria lemos no primeiro capítulo do documento que o Sínodo insistiu muitas vezes no cristocentrismo de toda a catequese autêntica. “Desejamos acentuar, antes de mais nada, que no centro da catequese nós encontramos essencialmente uma Pessoa: é a Pessoa de Jesus de Nazaré, ‘Filho Único do Pai cheio de graça e de verdade’, que sofreu e morreu por nós e que agora, ressuscitado, vive conosco para sempre. É este mesmo Jesus que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’, e a vida cristã consiste em seguir a Cristo” (CT 5).
 “A finalidade definitiva da catequese é a de fazer com que alguém se ponha não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade” (CT 5).

Uma experiência tão antiga quanto a Igreja

No segundo capítulo o Santo Padre nos apresenta rica reflexão sobre o ensino catequético no decorrer da caminhada da Igreja. “A imagem de Cristo ensinando ficou impressa no espírito dos doze e dos primeiros discípulos e a ordem “Ide... e ensinai a todas as gentes” (Mt 28, 19) orientou toda sua vida” (CT 10). Realmente, o cristianismo pela própria condição de ser Boa Nova, é missionário. Não somos dignos de espalhar a Boa Nova mas seríamos mais indignos se a guardássemos só para nós.  “As missões constituem também um terreno privilegiado para a catequese. Assim, passados dois mil anos, o povo de Deus não cessou de ser educado na fé” (CT 13).  Sim, a Igreja é a guardiã intacta do depósito da Revelação; intacta, mas não estática. A catequese sem se modificar se renova sempre. Em todas as épocas a Igreja acerta o passo entre o tempo e a eternidade.

 A catequese na atividade pastoral e missionária da Igreja

            “A catequese não pode ser divorciada do conjunto das atividades pastorais e missionárias da Igreja.  A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos que compreende um ensino em geral orgânico e sistemático com o fim de iniciá-los na vida cristã.
Entre a catequese e a evangelização não existe separação nem oposição, como também não há identificação pura e simples, mas existem, sim, relações íntimas de integração e complementaridade recíprocas. A catequese é um dos momentos da evangelização como um todo” (cf. CT 18)..
Algumas características do ensino catequético:
Seja um ensino sistemático que se concentre no essencial, suficientemente completo, uma iniciação cristã integral aberta a todos os outros componentes da vida cristã (cf. CT 21). O Papa realça também a ligação íntima que existe entre catequese e toda a ação litúrgica e sacramental, por que é nos sacramentos, especialmente na Eucaristia, que Jesus age em plenitude para a transformação das pessoas.

Toda a Boa Nova colhida na fonte

 O conteúdo da catequese é o mesmo da evangelização: a Boa Nova da Salvação, ouvida e acolhida com o coração, aprofundada mediante a reflexão e o estudo, uma comprometedora tomada de consciência de suas repercussões na vida pessoal e inserção na existência cristã na sociedade e no mundo (cf. CT 26).
Sim, quando pensamos que Jesus “amou-nos até o fim” (Jo 13, 1), não somente até o fim da vida mas até o fim das possibilidades do amor, só nos resta pagar amor com amor e espalhar a Boa Notícia como um dever e uma necessidade imperiosa do amor a Deus e aos irmãos.
O conteúdo da catequese deve vir da fonte viva da Palavra de Deus transmitida na Tradição e na Escritura (cf. CT 27). “O ensino, a liturgia e a vida da Igreja brotam dessa fonte e a ela conduzem” (CT 27). O valor dos Símbolos é um ponto de referência seguro para o conteúdo da catequese” (CT 28).

Todos precisam ser catequizados

 “Como apresentar a tal multidão de crianças e jovens Jesus Cristo, Deus feito Homem?” (CT 35).
Sabemos que todo ser humano tem impresso em sua consciência o abecedário sagrado que o impele para a transcendência. A essência do ser humano de ontem, de hoje e de amanhã é a essência do homem eterno feito a imagem e semelhança de Deus (Gen 1, 6) portanto, capaz de conhecê-lo, amá-lo e testemunhá-lo.
Na primeira infância a tarefa diz respeito aos pais (CT 36). Na verdade, os pais cristãos que cultivam a vida interior, de intimidade com Deus, passarão essa experiência para os filhos. Essa é a maior garantia de que a semente da fé nunca se reduzirá a práticas exteriores mas será o sal, dando sabor a todos os aspectos da vida. As paróquias oferecem também a pré catequese para as crianças nessa faixa etária. A catequese das crianças “é destinada a introduzi-las de modo orgânico na vida da Igreja e prepará-las para os Sacramentos. Será uma catequese didática mas visando um testemunho de fé, inicial mas não fragmentária” (CT 37).
Chega a adolescência, tempo de descoberta de si, do amor, da sexualidade, do desejo de estar com os outros e dos planos generosos. Também é a idade das interrogações, desconfianças e dos primeiros fracassos.
De fato, a conversão do adolescente a Cristo vai revestir a forma de um encontro com Jesus o Amigo por excelência, um encontro de significado profundo para toda a sua vida.
“Com a juventude chega o momento das primeiras grandes decisões. É o momento de uma catequese capaz de dar sentido a vida e inspirar atitudes de renúncia, desapego, mansidão, justiça e fidelidade aos compromissos, e reconciliação” (cf. CT 39). O Sínodo questionou: “como dar catequese as crianças e aos jovens?” É necessário saber traduzir para a linguagem da juventude a mensagem de Jesus, sem traí-la.Ter consciência de que a juventude tem um verdadeiro desejo de conhecer Jesus. (cf. CT 40).
Crianças e jovens deficientes físicos ou mentais têm o direito de conhecer o “Mistério da Fé”. É reconhecido o grande esforço da parte deles e dos catequistas que a eles se dedicam (cf. CT 41).
O Papa se refere no número 42 a uma realidade bem conhecida nossa: crianças e jovens de lares não cristãos ou não praticantes, que buscam a catequese. Não encontram apoio em seu ambiente e por vezes até oposição (cf. CT 42).
A catequese de adultos é designada no documento como “a principal forma de catequese, porque se dirige a pessoas que têm as maiores responsabilidades e a capacidade de viverem a mensagem cristã na sua forma plenamente desenvolvida” (CT 43).

 Alguns caminhos e meios para a catequese

“Desde o ensino oral dos apóstolos e das cartas que circulavam entre as igrejas, até os meios mais modernos, a catequese nunca deixou de procurar as vias e os meios adaptados para se desempenhar de sua missão” (CT 46). O Santo Padre se refere a homilia como uma privilegiada forma de catequese por seu enquadramento litúrgico especialmente a celebração eucarística (cf. CT 48). Certamente os formadores dos Seminários estão atentos para isso e preparando os futuros sacerdotes para utilizarem esse meio tão específico para instrução dos fiéis e maior intimidade com o Senhor Jesus. Ao falar sobre os livros catequéticos o Papa observa que existe atualmente uma multiplicação de livros catequéticos. Alguns constituindo uma verdadeira riqueza ao serviço do ensino da catequese... outros desorientam os jovens e adultos quer pela omissão de elementos essenciais para a fé da Igreja, quer sobretudo por uma perspectiva de conjunto demasiado horizontalista, não conforme o ensino do magistério da Igreja” (CT 49).
Apresenta ainda quatro condições indispensáveis para que os livros de catequese correspondam à sua finalidade.
  • que eles se apresentem adequados à vida concreta da geração para a qual são destinados
  • que se esforcem por encontrarem a linguagem compreensível
  • que se esmerem em ser a expressão de toda a mensagem de Cristo e da sua Igreja
  • que busquem verdadeiramente provocar um maior conhecimento dos mistérios de Cristo em vista de uma autentica conversão.

Como fazer catequese

A catequese procurará reger-se pela Revelação tal como é transmitida pelo Magistério da Igreja, uma catequese que ultrapassa o moralismo formalista e sobretudo todo o messianismo temporal, social e político (cf. CT 52).
 “A catequese é chamada a levar a força do Evangelho ao coração da cultura e das culturas” e lembra que a mensagem evangélica não pode ser isolada da cultura em que primeiramente se inseriu nem daquelas em que ela já se exprimiu ao longo dos séculos. Por outro lado a força do Evangelho é transformadora e regeneradora. “Deixaria de haver catequese se o Evangelho tivesse que alterar-se no contato com as culturas. A catequese deve encarnar-se nas diferentes culturas e nos diferentes meios (cf. CT 53).
Outro problema de método a que se refere o Catequese Hoje diz respeito a valorização, pelo ensino catequético, dos elementos válidos da piedade popular (cf. CT 54).
O último dos problemas metodológicos posto em evidência pelo Papa é o da memorização.
“As flores da fé e da piedade cristã se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória” (CT 55).
O Santo Padre realça ainda que qualquer método escolhido deve se ater “a lei da fidelidade a Deus e da fidelidade ao homem, numa única atitude de amor. (CT 55).
O pão da sã doutrina não é preparado só com o conhecimento e o estudo, mas tem que ser amassado com a caridade, a humildade, a compaixão, o zelo pela salvação dos irmãos, com a pureza, com a vida.

A Alegria da Fé num Mundo Difícil

 “Nós vivemos num mundo difícil em que a angústia de ver as melhores criações do homem escaparem-lhe e voltarem-se contra ele determina um clima incerto. É neste mundo assim que a catequese tem que ajudar os cristãos a serem, pela sua alegria e pelo serviço de todos, “luz e sal” “ (CT 56).
É verdade, em mundo em que as notícias são praticamente instantâneas, chegam como uma enxurrada e envelhecem em quinze minutos, como fazer para que nossos irmãos prestem atenção as mensagens impactantes e aos ensinamentos maravilhosos que desejamos ardentemente transmitir, segundo a ordem de Jesus: ide por todo o mundo... Nossa vida seja o mais eloqüente testemunho desse anúncio.
“O dom mais precioso que a Igreja poderá oferecer ao mundo contemporâneo, desorientado e inquieto, é o de nele formar cristãos bem firmes no essencial e humildemente felizes na sua fé” (CT 61).

A tarefa diz respeito a todos nós

Os Bispos são os primeiros responsáveis pela Catequese, são os catequistas por excelência. Juntamente com o Papa têm a responsabilidade da catequese da Igreja inteira. Os Sacerdotes são os colaboradores imediatos dos Bispos e educadores da fé. Os Diáconos são os colaboradores natos na Igreja.
“Todos os que crêem têm direito à catequese e todos os pastores têm o dever de a ela proverem”.
O Papa faz um apelo ao poder civil para que respeite sempre a liberdade de ensino catequético (CT 64).
É através da comunhão com nosso pároco que estamos em comunhão com nosso bispo. É dele a última palavra e tudo de ser feito em harmonia como decorre de nosso compromisso cristão.
O Santo Padre recorda que muitas famílias religiosas, masculinas e femininas, nasceram para a educação das crianças e jovens, sobretudo dos mais abandonados.
Pede aos religiosos e religiosas que se prepararem o melhor possível para a tarefa da catequese segundo as diversas vocações dos institutos e “que as comunidades consagrem o máximo de suas capacidades e das suas possibilidades à obra específica da catequese” (cf. CT 65).
A catequese  familiar precede, acompanha e enriquece todas as outras formas de catequese”. Em alguns meios é a família o único lugar onde as crianças e os jovens poderão receber uma autêntica catequese. (CT 68).
 “Ao terminar essa Exortação Apostólica, o olhar do coração volta-se para Aquele que é o princípio inspirador de todas as atividades catequéticas e daqueles que as realizam: o Espírito do Pai e do Filho : o Espírito Santo.
Como em todos os seus documentos o Santo Padre termina pedindo a intercessão de Maria Santíssima e evidenciando sua missão singular como a primeira dos discípulos de Cristo, catecismo vivo, Mãe e Modelo dos catequistas.
“Que a presença do Espírito Santo pela intercessão de Maria possa alcançar para a Igreja um empenho sem precedentes na atividade catequética para que a Igreja possa desempenhar a missão recebida do seu Senhor: ide e ensinai... (Mt 28,19)(cf. CT 73).
Senhor, fazei que não percamos as oportunidades de vos tornar mais conhecido e amado por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança, e um anúncio da salvação na caridade.

Mensagem Final

Num comentário sobre São Justino, um dos grandes padres da Igreja primitiva, lemos que o seu sonho ou a sua ambição consistia em evangelizar a cultura do seu tempo. Esse sonho é também o desejo, o impulso, o esforço, a meta porque não dizer, a vida de todo discípulo de Cristo em todas as épocas, lugares e culturas: inserir os valores evangélicos em todas as estruturas sendo realmente fermento, sal e luz pelo testemunho e anúncio dos ensinamentos de Jesus Cristo, o Verbo da Vida, o enviado do Pai das luzes para a salvação de todos os homens, de todos os tempos. Essa é a nossa paixão de catequistas.

 

OBJETIVOS DA CATEQUESE


Vimos anteriormente a importância que a Igreja, de um modo particular nos nossos tempos, dedica à Catequese.Mesmo nas sociedades ditas cristãs, percebe-se um esvaziamento ético e moral, por isso,Impõe-se uma Evangelização Renovada e não apenas baseada na Tradição Cultural Os homens que crêem hoje não são inteiramente iguais aos homens que creram em épocas passadas. Surge daqui a necessidade de assegurar a perenidade da Fé e ao mesmo tempo de propor a mensagem da salvação de maneira nova (DCG 2).
Nesta perspectiva realça-se a importância dada à Catequese: “A Catequese faz parte do Ministério da Palavra. Ela é, por isso, um aspecto ou momento da Evangelização”. (C.R 72). Realiza-se em um grupo contínuo, reunido semanalmente. Também João Paulo II nos diz que “a finalidade da Catequese no conjunto da Evangelização é a de constituir a fase de ensino e de ajudar a maturação” (CT 20).
“A Catequese apresenta uma PESSOA e não uma verdade apenas. O Cristianismo não é um sistema filosófico. Cristo veio e continua a viver em sua Igreja. Impõe-se, portanto, uma Catequese Cristocêntrica” (Madre Maria Helena Cavalcanti).
O objeto essencial e primordial da catequese, para empregar uma expressão que São Paulo gosta de usar e que é freqüente também na teologia contemporânea, é o “mistério de Cristo”. Catequizar é levar alguém, de certa maneira, a perscrutar este mistério em todas as suas dimensões.
“Neste sentido, a finalidade definitiva da Catequese é a de fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em Comunhão, em intimidade com a pessoa de Cristo: somente Ele pode levar o amor do Pai no Espírito e fazer-nos Participar na vida da Santíssima Trindade”.(CT 5)
Este é basicamente o objetivo da Catequese:

 POR EM COMUNHÃO COM A PESSOA DE  CRISTO.

  E qual o papel do Catequista?

“O Catequista é de certo modo o intérprete da Igreja junto aos catequizandos. Ele lê e ensina a ler os sinais da fé, entre os quais o principal é a própria Igreja”. (DGC35)
Sendo assim, o catequista deve ser fiel à transmissão, não somente da Mensagem Bíblica em seu conteúdo intelectual, mas também, sua realidade vital encarnada nos fatos da vida do homem de hoje” (CR73).
Constata-se um esfriamento da fé em todo o mundo. “Poucos querem conhecer e seguir toda a verdade, a maioria quer conseguir um  pedaço da mesma, ao seu gosto, o suficiente para ficar quites com Deus, com o mundo e com a própria incapacidade”(Madre Maria Helena Cavalcanti)*. Superando esta dicotomia, e, “para fazer crescer no plano do conhecimento e da vida o gérmen da Fé” (CT 25), o ensino deve ser ocasional e metódico, exige sistematização, mas também que o catequista explore as ocasiões que poderiam ilustrar a aula, seja, portanto, um ensino que desabroche em vida”.(Madre Maria Helena Cavalcanti).

Convém pôr em evidência algumas características:
*Ensino sistemático;
*Que se concentre no essencial;
*Suficientemente completo;
*Iniciação Cristã integral

 

* Carta à uma aluna: 1953


“Cabe à Catequese promover o começo e o progresso desta vida de Fé durante toda a existência do homem até o desenvolvimento completo da Verdade e sua plena aplicação à vida humana.” (DCG 30)

 

A PESSOA DO CATEQUISTA


 “O catequista é de certo modo o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
É preciso não só “fazer” seu trabalho, mas acreditar nele.
A idéia essencial que deve dominar toda a nossa atividade é: “somos instrumentos”. O primeiro sentimento que brota dessa tomada de consciência é o de profunda humildade.. “É preciso que Ele cresça e eu diminua.”
Nessa tarefa de evangelização CRISTO nos precede no coração humano.
É imprescindível contar com a graça de Deus. Fazer tudo como se tudo dependesse de nós, mas sabendo que tudo depende d’Ele. Precisamos ser pessoas de fé. É ela que dá sentido a toda a nossa atividade. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. (He 11,6). É necessário alimentar a nossa fé pela oração. O nosso apostolado para ser fecundo deve jorrar desta união com Deus.
Um ponto fundamental é o testemunho de vida do catequista.
Pregamos mais com aquilo que somos do que com aquilo que falamos. Procuremos  nos tornarmos transparentes para que todos vejam a Face Divina através de nós..

"O pão da sã doutrina não será preparado somente com o conhecimento e o estudo. Precisa ser amassado com a caridade, a humildade, a compaixão, o zelo pela salvação dos irmãos, enfim, com a vida".
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

Sejamos transparentes à verdade que ensinamos. Sejamos canais. Não nos deixemos dominar pela ansiedade do sucesso.  A verdade não é resultado de estatísticas...

“Viver de esperança é plantar bem no presente e ter no semear a mesma alegria da colheita”.
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

Semear na alegria. Tempo, trabalho e amor são os ingredientes necessários às grandes construções.
“A primeira e mais sublime obra do amor ao próximo é a propagação do Evangelho”.
“A tarefa do catequista: apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho” (CT 147).
“A alegra é um bom método de aprendizagem.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
“A formação do Catequista: desenvolver a arte de levar a mensagem, mas principalmente, a vivência comunitária da fé”... (CR 150. Faz-se necessária a interação entre a atividade catequética e a vida.

 

“Catequizar é ensinar a ver Deus na transparência das coisas”

(Madre Maria Helena Cavalcanti)

PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 0 a 6 ANOS

 

 

Introdução:
Antes de ministrarmos qualquer tipo de ensino, é necessário conhecermos as pessoas a quem vamos ensinar.
Para que a criança possa amadurecer na fé precisamos levar o conteúdo da mensagem cristã adaptada ao seu desenvolvimento psicológico.
           
I – Características desta fase:
-       A criança aprende através de experiências sensoriais: vendo, apalpando, ouvindo, movimentando-se – Fala com o corpo todo.
-       É egocêntrico – Ainda não consegue distinguir entre o seu ser e as coisas que o cercam. Ela é o centro do seu mundo infantil, por isso é difícil dividir seus brinquedos, quer ser a primeira em tudo.
-       Possui o “pensamento mágico” – Ainda não faz diferenciação entre o mundo real e o imaginário. Vive no mundo do faz de conta.
-       Gosta de imitar – A criança revela fielmente a atitude das pessoas que a cercam.
-       É muito afetiva – A criança mostra grande necessidade de dar e receber carinho.
-       Descobre pouco a pouco sua auto identidade, por volta dos três anos. Eu existo, sou pessoa.
-       Coordenação motora ainda em desenvolvimento, devemos ter cuidado para não exigir mais do que ela é capaz.
-       Vive o presente – vive o momento presente e está aberta a aprender tudo o que é novo.

II – Educação da Fé

            Pode ser ministrado de maneira orgânica, mas é, sobretudo ocasional, já que a criança vive o momento presente.
            Os pais e os catequistas devem aproveitar as festas litúrgicas,  as do calendário civil, os acontecimentos do dia a dia. Assim iniciarão as crianças pequenas na busca de Deus e das realidades espirituais, revelando-lhes pouco a pouco, o mistério da salvação  e ajudando-os a vive-lo.
            “Pela força do ministério da educação, os pais mediante o testemunho de vida são os primeiros arautos do Evangelho junto aos filhos.” Familiaris Consortio (João Paulo II)

A oração: A oração é expressa na admiração infantil. Sempre que houver oportunidade devemos levar a criança a fazer orações espontâneas de agradecimento, de louvor, ou para pedir ajuda e perdão.
            “Brevíssimas orações que as crianças hão de aprender a balbuciar, constituirão o início de um diálogo amoroso com aquele Deus escondido de que elas vão começar em seguida a ouvir a Palavra”.CT 36
           
Atividades: desenho, modelagem, dramatização, jogos, pintura, dobradura, colagem, musicas com gestos, musica ilustrada, passeios, etc...
           
.
III – Idéia Essencial:
Eu sou uma pessoa amada por Deus
Deus revela seu amor criando o mundo e todas as pessoas .

PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES - 7 A 9 ANOS

 

Introdução:
            A criança, cujo mundo inicial não transpõe as paredes do lar, vai pouco a pouco, alargando seu universo social.
            O processo de socialização é favorecido pela comunidade de fé e da escola.

I – Características desta fase:
-       Esta idade é classificada como idade estável, tanto sob o aspecto do desenvolvimento físico como do psíquico e intelectivo.
-       Ocorre uma transformação lenta, e a criança passa da contemplação para a ação, da admiração para a crítica, do egocentrismo para o estado social.
-       Acontece também a transformação profunda do seu pensamento que se torna mais objetivo.
-       A criança começa a desenvolver a consciência moral.

“A maior força educacional é o amor.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
-       Ocorre uma transformação de sua liberdade.
-       No colégio, na Igreja e em outros ambientes, vai criando amizades pessoais. Por isso, este é o momento para se cultivar uma relação pessoal com Deus.
-       É o momento ideal para o encontro com Deus através dos Sacramentos da PENITÊNCIA e da EUCARISTIA.

Desenvolver a fé e o amor ao Deus pessoal constitui a base para a vida do cristão. Diz a Exortação Apostólica Catechesi Tradendae em referência à catequese na infância, que se trata de “introduzir as crianças, de modo orgânico, na vida da Igreja ”compreendendo “também uma preparação imediata para a celebração da Eucaristia.”(CT 37)

II – Educação da Fé

           
A iniciação religiosa terá como característica o ensino das Verdades e atitudes cristãs essenciais, com objetividade e realismo. Catequese inicial, sim, mas não fragmentária, uma vez que ela deverá apresentar, embora de  maneira elementar todos os mistérios principais da fé e sua incidência na vida moral e religiosa das crianças.”(CT 37)
            A iniciação sacramental possui dois aspectos:

·         Participação na comunidade: a criança penetra na vida da Igreja e deve ser ajudada pela comunidade.
·         Participação na liturgia: pelos sacramentos da confissão  e comunhão a criança irá participar mais plenamente da liturgia.


III – Idéia Essencial:
Deus realiza nossa salvação através de uma longa história, que se realiza com fatos concretos.(CR 185 – 187).

PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 9 a 12 ANOS

 

 

Introdução:
            Neste período a criança vive um momento de certa estabilidade em seu desenvolvimento e já é capaz de uma atividade  constante, alem de avaliar melhor suas atitudes e das outras pessoas. Participa ativamente da vida em comunidade e vive relações de amizade, propiciando a educação da fé e a experiência eclesial.

I – Características desta fase:
-       Acentuada atividade: É a idade da ação e da valorização do mundo que a cerca. A criança assimila melhor aquilo que vivenciou.
-       Interesse objetivo: Para que servem as coisas? Como são feitas? Posso ajudar?
-       Estabilidade física e psicológica: Age com maior precisão e segurança.
-       Sensibilidade ao grupo: Sofre influência dos colegas, submetendo-se à mentalidade do grupo.
-       Raciocínio mais sistematizado: Revela interesse em possuir e demonstrar conhecimento.


II – Educação da Fé

           
A pedagogia catequética deve acompanhar o desenvolvimento global do catequizando. A faixa etária de 9 à 12 anos é considerada a idade da ação por excelência.
Por isso, “a alegria da ação, da boa ação, a cooperação com os outros, a disciplina clara e racional dessa inserção na sociedade, mas igualmente para a participação ativa na vida da Igreja.
Assim sendo, a pedagogia catequética, qualquer que seja o método adotado, deve despertar a atividade das crianças. Tal pedagogia ativa não há de limitar-se às expressões, embora úteis, mas deverá estimular para uma resposta do coração a para o gosto da oração.”  (DGC 90)
Torna-se importante iluminar com a Palavra de Deus os acontecimentos da vida.
Aparece aqui a necessidade de utilizar-se de material audiovisual, histórias, simbolismos que facilitem a assimilação das verdades da fé.
Nesta faixa etária desenvolve-se ainda mais o sentido social. A criança gosta de viver em grupo, trabalhar em equipe. Pode-se enriquecer a catequese com várias atividades de grupo: orações, cantos, celebração, confecção de cartazes e painéis, realização de peças teatrais, gincanas, atividades esportivas, recreativas e apostólicas.
Sendo a consciência moral desta idade mais evoluída, a criança já é capaz de avaliar melhor os próprios atos e o dos outros, manifestando seu arrependimento. Na catequese devemos realçar o aspecto positivo da reconciliação, a alegria do perdão. Devemos levá-la a  amar a Deus e ao próximo e realizar ações construtivas.
Não podemos esquecer que “para uma educação apropriada e harmoniosa das crianças é necessária a colaboração entre catequistas e pais. Tal colaboração é útil tanto aos catequistas como aos pais, pois daqui lhes advêm auxílio e orientação para o exercício de suas responsabilidades específicas.” (DGC 80)

PSICOPEGAGOGIA DAS IDADES – 12 a 14 ANOS

 

 

Introdução:
            Há necessidade de uma certa flexibilidade para determinar o inicio e o fim das diversas etapas do desenvolvimento. O menino ou menina que está entrando na adolescência é diferente daquele (a) que já está em plena adolescência. O pré-adolescente (12-14 anos) está numa idade de transição entre criança e adolescente e vê-se que tal fase é freqüentemente esquecida no plano do ensino religioso e da catequese. Os educadores e os catequistas não sabem como interessá-los, como tratá-los e ficam desanimados diante de determinadas atitudes. O educador precisa, portanto, procurar compreender o que leva os pré-adolescentes a terem atitudes de indisciplina, critica, instabilidade e agitação a fim de procederem mais eficazmente.

I – Características desta fase:
§   Liberdade que desperta
O pré-adolescente se afirma opondo-se (fase da oposição)
A oposição pode ser violenta e exterior: algazarra, originalidade e crítica.
Não convêm ao educador dobrá-los a força mas procurar orientá-los e motivá-los.
Formam grupos unidos na camaradagem que ainda não é amizade.
Instabilidade: às vezes torná-se criança dócil, afetuosa, procura proteção e aprovação do adulto; outras vezes, assume o papel de moça ou rapaz, libertando-se ostensivamente da influência do adulto.
§  Personalidade que se busca
O pré-adolescente não se satisfaz com o mundo da criança e procura tudo que lhe permita entrar no mundo dos adultos. Procura nos adultos atitudes exteriores que possa imitar. Os valores que atraem são diferentes para os dois sexos:
Meninos – valores de ação exterior: coragem, força, trabalho, gosto da criação...
Meninas – amor, sentimento, o dom de si, o devotamento ao próximo.
A revolução fisiológica da puberdade faz com que desperte neles um interesse marcante por tudo o que diz respeito ao corpo e aos problemas da vida.
§  Personalidade com sonhos de grandeza
Essa idade é muito idealista:
Fervor imaginativo e heróico;
Ação entusiasta, mas pouco perseverante.

 

II – Educação da Fé

            Consciência moral semelhante à etapa dos 9 aos 12 anos – é a idade da lei, casuística e moralizadora. Sente, entretanto , necessidade e uma liberdade moral: recusa da lei imposta de fora..
            Orienta-se para um Deus mais pessoal; procura certa eficácia na religião; nem sempre gosta de participar de atos litúrgicos.
            A catequese deve se basear numa doutrina sólida e esclarecedora pois esta idade é exigente do ponto de vista intelectual.
            O catequista deve levar o adolescente a unir suas descobertas com a mensagem cristã – ter uma visão cristã da vida.
            Procuremos educar-lhe a liberdade nascente. “A liberdade do homem encontra a sua verdadeira e plena realização na aceitação da lei moral dada por Deus.”

Alguns caminhos possíveis:
Conteúdo mais explicitamente doutrinal.
Cristo revelando a grandeza de Deus e também do homem.
Cristo ensinando a verdadeira liberdade

Linha histórica

Heróis do Antigo e Novo Testamento e outros heróis da fé

Temas da atualidade

Aproveitar os acontecimentos da vida real e confrontar com a mensagem cristã..

Conclusão
Os pré-adolescentes olham acima de si mesmos, portanto , nossa catequese deve ser aberta para o futuro e firmar as bases necessárias para a vivência da fé.

“O futuro não é alguma coisa que vem, é você que vai.”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

 

 

 

 

 

 

 

 















A VIDA RELIGIOSA DO ADOLESCENTE DE HOJE

 

 

(Madre Maria Helena Cavalcanti)
Mundo de hoje...Tentação de desânimo.
·         Podem os homens tais quais são hoje em dia atingir o mistério de Cristo?
·         Apesar de todos os esforços a Igreja não será sempre um pequeno rebanho?
·         O Cristo não estará ausente da nossa época?

Outras tentações:
Conseguir uma fórmula mágica? Ânsia de novidades.
O insucesso pode provocar uma ruptura com o passado
Tentação da popularidade
Tentação da teimosia ou preguiça

Conclusão

O educador da fé é um instrumento
Não há “truques para êxitos fáceis”.

A catequese do adolescente necessita de:
·         Muita caridade
·         Muita inteligência
·         Muito trabalho
·         Imaginação – criatividade
·         Continuidade nos esforços

O ADOLESCENTE NO SEU AMBIENTE

 

A vida religiosa no lar do adolescente

Qual a religião que vê no seu lar?

Será que em casa os pais dão testemunho cristão?

Será que na hierarquia de valores da vida no lar o mais importante é a amizade com Cristo e o engajamento em sua Igreja?
Será a conduta dos pais norteada por princípios cristãos?
Será que os pais dispensam a educação religiosa dos filhos ao menos a metade da atenção que dispensam a instrução profana?
Será que os pais dão uma nova apresentação da fé proporcional às necessidades do adolescente?

Conclusão:

Dêem os pais um testemunho de vida cristã e não somente de algumas práticas desligadas da existência.

O adolescente no Colégio
O campo é missionário:

·         Primeira apresentação do Evangelho
·         Avaliar a realidade do colégio e da turma
·         Conhecer os adolescentes em suas dimensões psicológicas, sociais e políticas.
·         “Acender uma chama...”em vez de derrubar uma montanha
·         Revelar a verdade que canta
·         Visar todas as dimensões do ser

Uma catequese global exige:

Aulas, retiros, musicas, conferências, colônia de férias, atividades apostólicas, liturgia...

Conclusão

Anunciar o Evangelho como mistério atual para o homem de cada época é sempre possível.

O adolescente visto fora de suas influencias ambientais é como uma frase solta do contexto: sem sentido.
Amar o adolescente mais e melhor
Ter paciência para trabalhar a longo prazo
O que nos parece desagradável é na verdade, uma riqueza mal definida.

Características:

Ruptura com o passado
Desejo de se afirmar
Capacidade de admiração
Desejo de tudo conferir
Imensa afetividade
Necessidade de atividades

Sonhos e idealismos

Necessidade de amizade
Espírito de imitação

"Cristo nos precede nessa tarefa, a mais divina de todas".
(Madre Maria Helena Cavalcanti)


Caixa de texto:













ROTEIRO PARA GRUPOS DE JOVENS CATÓLICOS
Madre Maria Helena Cavalcanti

Com que finalidade nos reunimos:
Poderíamos pertencer a um:          clube  Grupo social
                                                           Time Grupo recreativo
                                                           Grêmio Grupo esportivo ou permanecer sozinhos.

“O mal não é nós, jovens, dançarmos e irmos ao cinema;
o mal é não sabermos senão dançar e ir ao cinema.” (Carlos Vélez)

O que pretendemos neste encontro:
Como jovens cristãos:
·        Viver conscientemente a nossa fé;
·         Participar ativamente na construção de um mundo melhor;
·         Repudiar a neutralidade, o comodismo, a indiferença;
·         Formar uma mentalidade, estruturar uma filosofia de vida, uma escala de valores.
VER, JULGAR E AGIR, SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE CRISTO.

Como alcançar estes objetivos?
  1. Levando a sério as reuniões semanais, refletindo, trocando idéias...
  2. Ter um diretor espiritual – o sacerdote e como dirigente animador um(a)  religioso(a) ou um leigo qualificado para a função;
  3. Iniciar as reuniões com a leitura da Sagrada Escritura seguida de partilha;
  4. Focalizar temas doutrinais e da atualidade: Ver, julgar e agir.


VER:              com    Realismo
                        Retidão
                        Sinceridade
                        Objetividade
“Jovem, pare e pense!
Não aceite tudo.
Não rejeite tudo!”
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

JULGAR: à luz do Evangelho, abrindo a nossa inteligência e o nosso coração. Não somos donos da Verdade, nós pretendemos servi-la.

“O que caracteriza uma personalidade amadurecida
é a capacidade de discernir os verdadeiros valores e
estar disposta a pagar por eles o seu preço“.
(Madre Maria Helena Cavalcanti)

AGIR: concretizar através de atitudes o modo de ver e julgar. O jovem cristão trabalha seriamente em seu aperfeiçoamento religioso, moral e intelectual. A ação cristã não dispensa certos requisitos; não basta agir, é preciso agir bem. Pensar e não concretizar é uma sinfonia inacabada.


“O amor quanto mais alto, mais prático.”
 (São João da cruz)

            Conforme o dom recebido e cultivado o jovem poderá colaborar em atividades: catequéticas, culturais, sociais, recreativas etc.
            Não basta a irradiação individual, é necessária a irradiação social da fé

AMIZADE CRISTÃ
            A verdadeira amizade é aquela que se abre para os outros.   Como reconhecê-la?
- pelos deveres = suportar-se mutuamente
- pelas doçuras = poder confiar-se
- pelas vantagens = correção recíproca
- pelas aspirações = ideal e trabalho comum

PARTICIPAÇÃO NA VIDA DA IGREJA
            “Sem Mim nada podeis.”(Jô 15,5)
·        Santa Missa Eucaristia
·        Leitura Espiritual diária
·        Vida de Oração
·        Devoção a Santíssima Virgem Maria
·        Pelo menos um sacrifício por dia por amor a Deus

O VALOR DO SACRIFÍCIO
* forja o caráter
* forma o homem digno desse nome
* facilita a convivência
* prepara o cidadão terrestre e celeste
            Preferir sempre o cumprimento do dever realizado o melhor possível, por amor












INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS

A iniciação cristã de adultos

O cristianismo é uma religião revelada
Ninguém nasce cristão
Tornamo-nos cristãos pela iniciação

História

à No inicio da Igreja, a catequese era dirigida preferencialmente aos adultos, no contexto do catecumenato.
à As primeiras comunidades iniciavam os cristãos à vivencia comunitária através da escuta da Palavra, das celebrações e do testemunho de vida.
à A adesão à Cristo e a conversão do candidato levavam aos sacramentos da Iniciação cristã e à sua integração no seio da comunidade (At 2,37-41; 4, 35-37).
à Época da cristandade (época do catecumenato social). A partir do século V, a catequese vai deixando de ser iniciação na vida da comunidade de fé, pois a sociedade inteira se considerava animada pelo cristianismo.
à A catequese passa a ser feita através de um processo de imersão num contexto familiar e cultural com fortes traços cristãos.
à Nesta época, com a generalização do batismo das crianças e a decadência do catecumenato, entra em crise a catequese em geral e, portanto, também a catequese de adultos.

Redirecionamento

à O grande despertar catequético do século XVI como resposta à grave situação de ignorância religiosa do povo cristão, trouxe consigo um novo impulso para a catequese de adultos, principalmente através do CONCÍLIO DE TRENTO, que tornou obrigatório aos párocos a instrução catequética aos fiéis cristãos especialmente no domingo.

à Na época moderna, diversas circunstâncias, mas sobretudo a secularização da instrução religiosa fazem com que haja “infantilização” da catequese levando a catequese de adultos a um estado insatisfatório.

à Em muitos adultos, a falta de vivência pode tornar a fé relativizada, individualista, intimista, desencarnada, movida por interesses pessoais.

à A partir da segunda metade do século XX, especialmente após o CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965) volta-se a reconsiderar a necessidade de catequese de adultos.

A iniciação cristã de adultos no Brasil

v  1983 – a CNBB publica o documento CATEQUESE RENOVADA – nº 130: “é na direção dos adultos que a evangelização e a catequese devem orientar seus melhores agentes. São os adultos os que assumem mais diretamente, na sociedade e na Igreja, as instancias decisórias e mais favorecem ou dificultam a vida comunitária, a justiça e a fraternidade”.

v  1986 – 1ª SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE

Tema: Fé e vida em comunidade
Lema: Renovação da Igreja e transformação da sociedade

Temas de grande importância para a catequese de adultos
A comunidade como ambiente privilegiado de catequese.
O princípio metodológico de interação entre fé e vida
A realidade sócio econômica e cultural como contexto teológico e catequético.

v  2001 – 2ª SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE

Tema: Com adultos, catequese adulta
Lema: Crescer rumo a maturidade em Cristo

Enfatiza a necessidade da volta do catecumenato na iniciação cristã de adultos
Reedição do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA)

O catecumenato

O que é catecumenato?

à É o método proposto pela Igreja, desde seu início, para realizar comunitariamente a INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS
à É um processo
à Realiza-se em etapas
à Os ritos marcam a passagem de uma etapa para outra

O CANDIDATO DESEJOSO DE ENCONTRAR A DEUS, ACOLHE A PALAVRA E ENTRA EM UM PROCESSO DE CONVERSÃO, NUM ITINERÁRIO PESSOAL E EM ÂMBITO COMUNITÁRIO.
O catecumenato se divide em 4 etapas:
  1. Pré-catecumenato (RICA 9)
  2. Catecumenato (RICA 14)
  3. Tempo de Purificação e iluminação (RICA 21)
  4. Mistagogia (RICA 37)


  1. O Pré-catecumenato

É o período de evangelização

à Tempo destinado para que seja amadurecida a vontade sincera de seguir a Cristo.
à Com a ajuda de um introdutor e a graça de Deus há uma conversão inicial, através da qual a pessoa se sente chamada a afastar-se do pecado e a mergulhar no mistério do amor de Deus.
à A duração dependerá do candidato, que deverá apresentar sinais de conversão.
à O fim deste período é marcado pelo Rito de Entrada no Catecumenato.

  1. Catecumenato

É o espaço de  tempo em que os candidatos recebem formação e exercitam-se na prática da vida cristã.

  • Meios de catecumenato:
A catequese
Prática de vida cristã
Ritos litúrgicos
Cooperar ativamente para a evangelização e edificação da Igreja.

  • Também não há tempo determinado para este período, pois cada pessoa responde de forma pessoal e em seu tempo próprio.

3.Tempo de Purificação e Iluminação

Este período realiza-se prioritariamente no tempo da Quaresma

  • Período destinado a intensa preparação espiritual, a fim de purificar a mente e o coração do “eleito”, para iluminá-lo com a consciência mais profunda de Cristo
  • Começa com o Rito da Eleição, ou Inscrição do Nome, realizado no 1º domingo.
  • Nos três domingo seguintes são realizados os Ritos dos Escrutínios.
  • No 5º domingo são realizados os Ritos das Entregas:
Do Símbolo dos Apóstolos (Credo)
Da Oração do Senhor (Pai Nosso)
  • A recepção dos Sacramentos do Batismo,Crisma e Eucaristia, na Vigília da Páscoa, é o momento culminante do Catecumenato (RICA 27)

4. Mistagogia

A quarta etapa do catecumenato realiza-se durante o tempo pascal, e tem por finalidade permitir que os neo-cristãos , participando junto com a comunidade da Celebração Eucarística, vivenciem mais profundamente o Mistério Pascal de Cristo.

A importância da comunidade

·       A iniciação cristã tem a comunidade eclesial como seio materno, no qual nasce e se fortalece.
·       O adulto não amadurece na fé apenas pelo aprendizado de conceitos , mas convivendo dentro de uma comunidade cristã que o acolhe e apóia e da qual ele é membro que dá e recebe.
·       A catequese com adultos somente poderá dar frutos nas comunidades se inserida dentro de um plano de pastoral de conjunto da Igreja local.

A figura do introdutor

§  Aquele que vem buscar a Deus deve ser acolhido em qualquer tempo
§  O RICA apresenta a figura dos introdutores como um ministério específico da iniciação cristã de adultos.

O INTRODUTOR É O SEMEADOR QUE VAI PREPARAR O TERRENO PARA QUE
 A SEMENTE DA FÉ POSSA FLORESCER E DAR FRUTOS.

Perfil do intrdutor:

·       Uma pessoa de fé já iniciada
·       Costante na vida litúrgica e na comunhão eucarística
·       Orante
·       Atenta a palavra de Deus e ‘a vida
·       Inserida na comunidade eclesial e fiel ao magistério da Igreja
·       Amiga dos irmãos
·       Solidária com os mais pobres
·       Respeitosa com todas as religiões
·       Simples no relacionamento pessoal



O introdutor é um amigo que, partilhando sua própria experiência com o candidato, vai ajudá-lo a caminhar na fé e estabelecer uma relação pessoal com Deus e com a comunidade.

Sem ter a função de catequista ou psicólogo, anuncia o Kerigma com seus principais conteúdos. Amor de Deus, Pecado, Salvação em Jesus Cristo, Promessa do espírito Santo.

Em todas as pastorais, movimentos e associações, podemos encontrar pessoas que se enquadram no perfil necessário ao introdutor.

A preparação dos introdutores

Aqueles que se dispuserem a exercer esse ministério serão preparados para o serviço através de um breve curso de formação.

Conclusão:

“Este esforço da equipe de catequistas se encaixa perfeitamente no trabalho 10º plano de pastoral de conjunto da nossa arquidiocese, em que a catequese com os adultos obteve destaque especial”.
(D Eusébio Oscar Scheid)














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