EVANGELII NUNTIANDI
Exortação Apostólica Sobre a
Evangelização no mundo Contemporâneo.
(Papa Paulo VI –1975)
Fruto do Sínodo dos bispos sobre Evangelização, realizado em Roma em
1971, é considerada a "obra prima" de Paulo VI, pela beleza, firmeza
e atualidade. Divide-se em 7 capítulos, que são:
Cap.
I: DE CRISTO EVANGELIZADOR A UMA IGREJA
EVANGELIZADORA
Testemunho
e missão de Jesus: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus” (Lc 4,43).(EN
6)
A
Missão de Jesus constitui-se em alegre anúncio da realização das promessas e da
Aliança feitas por Deus. Através dEle, são concedidos a todos os homens, graça
e misericórdia, por parte de Deus. “Mas, antes de mais nada, cada um dos homens
conquistará mediante uma total transformação do seu interior que o Evangelho
designa com a palavra “METANÓIA ”, uma conversão radical, uma modificação
profunda dos modos de ver e do coração”.(EN 10)
“Formar
em nós uma mentalidade, estruturar uma filosofia de vida, uma escala de
valores, que nos permita ver, julgar e agir segundo os critérios de Cristo”.
(Madre Maria Helena Cavalcanti).
"A Igreja nasce da ação
evangelizadora de Jesus e dos doze”(EN 15).Ela é o fruto normal, querido, o
mais imediato dessa evangelização.
Nascida da missão, pois, a
Igreja é por sua vez enviada por Jesus. A tarefa de evangelizar todos os homens
constitui a MISSÃO ESSENCIAL DA IGREJA: “Não tenho de fato de que me gloriar, se eu anuncio o Evangelho, é um
dever este que me incumbe, ai de mim se não evangelizar.” (1 Cor. 9,16). Através da vida de oração,
escuta da Palavra, caridade fraterna e da fração do Pão, se torna um testemunho
a provocar: ADMIRAÇÃO e CONVERSÃO e se desenvolve na PREGAÇÃO e ANÚNCIO DA BOA
NOVA”(EN 15).
Cap.
II: O QUE É EVANGELIZAR?
Evangelizar
para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em
qualquer meio e latitude, e, pelo seu influxo, transformá-las a partir de
dentro e tornar nova a própria humanidade”(EN 17. É um anúncio de Cristo que impregne mente, coração e vida, levando
necessariamente ao engajamento e ao apostolado.
Cap.
III: O CONTEÚDO DA EVANGELIZAÇÀO
"Evangelizar
é, em primeiro lugar, dar testemunho de maneira simples e direta de Deus
revelado por Jesus no Espírito Santo. Dar testemunho de que no seu Filho Ele
amou o mundo; de que no Verbo Encarnado Ele deu o ser a todas as coisas e
chamou os homens para a vida eterna"(EN 26).
"A
evangelização há de conter também sempre - ao mesmo tempo como base, centro e
ápice do seu dinamismo - uma proclamação clara que, em Jesus Cristo , Filho
de Deus feito homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todos os
homens, como Dom da graça e da misericórdia do mesmo Deus” (EN 27).
Na alocução de abertura da terceira Assembléia
Geral do Sínodo foi bem acentuada “a necessidade de ser reafirmada claramente a
finalidade especificamente religiosa da evangelização”. (EN 32)
Cap.
IV: AS VIAS DA EVANGELIZAÇÃO
As maneiras de evangelizar
variam de acordo com as circunstâncias de tempo, de lugar e de cultura, devem,
porém, manter inalterável o conteúdo da fé. Algumas vias, por um motivo ou por
outro, se revestem de uma importância fundamental. Por exemplo:
A)
TESTEMUNHO DE VIDA CRISTÃ: ‘O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade
as testemunhas do que os mestres, ou então se escuta os mestres, é porque eles
são testemunhas”( Paulo VI)
B)
PROCLAMAÇÃO DA MENSAGEM EVANGÉLICA NA LITURGIA: Na Liturgia da Palavra, a
homilia é um instrumento valioso e muito adaptado para a evangelização.
C)
CATEQUESE: transmite de forma sistemática o conteúdo da fé de modo a formar
hábitos de vida religiosa.
D)
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: “...a mensagem evangélica, através deles,
deverá chegar sim às multidões de homens; mas com a capacidade de penetrar na
consciência de cada um deles”(EN 45).
E)
A VIDA SACRAMENTAL: “Educar de tal modo a fé, que esta depois leve cada cristão
a uma vivência sacramental”(EN 47)
F)
O CONTATO DE PESSOA A PESSOA: “Só uma chama acende outra chama”.(Madre Maria
Helena Cavalcanti).
G)
A RELIGIOSIDADE POPULAR: São “expressões particulares da busca de Deus e da
fé”. Traduzem, em si, uma certa sede de Deus”, por suscitar atitudes
interiores( paciência, sentido da cruz na vida cotidiana, desapego aceitação
dos outros, dedicação, devoção, etc.) é chamada de “piedade popular”.(EN 48)
Cap.
V: OS DESTINATÁRIOS DA EVANGELIZAÇÃO
As
últimas palavras de Jesus no Evangelho de São Marcos conferem à evangelização,
uma universalidade sem fronteiras: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a
toda a criatura” (Mc 16,15). Apesar das
dificuldades, a Igreja reanima-se constantemente com a sua inspiração mais
profunda neste mandato do Senhor.
Cap.
VI: OS AGENTES DA EVANGELIZAÇÃO
“Toda
a Igreja é missionária, a obra da evangelização é um dever fundamental do povo
de Deus”.(EN 59).Esta realidade deveria despertar em nós duas convicções:
*evangelizar
é um ato eclesial
*a
atividade missionária deve acontecer em comunhão com a Igreja e com os seus
pastores.
Cap.
VII: O ESPÍRITO DA EVANGELIZAÇÃO
“Nunca será
possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo”(EN 75). O Espírito
Santo desceu sobre Jesus antes de começar o ministério público.(Mt 3,17).Foi só
depois de Pentecostes que os discípulos partiram em missão (At 2,17).Impelido
igualmente por este mesmo amor, o cristão deve ter a preocupação de comunicar a
verdade, respeitando a situação religiosa e espiritual das pessoas as quais se
dirige; respeito pelo ritmo, pela consciência e convicções, que devem ser
tratados sem dureza.
CONCLUSÃO:
Paulo VI termina, invocando a intercessão
de Maria: “Maria, que presidiu a prece na manhã de Pentecostes, seja a estrela
da evangelização sempre renovada, que a Igreja, obediente ao mandato do Senhor,
deve promover e realizar”. (EN 82)
NECESSIDADE
E IMPORTÂNCIA DA CATEQUESE
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
“Os últimos
Papas atribuíram a catequese um lugar eminente na solicitude pastoral”.(CT 2) .
- A 18 de
março de 1971, o Papa Paulo VI aprovou o Diretório Catequético Geral (DCG)
compilado pela Sagrada Congregação para o Clero “tendo diante dos olhos o que
foi exposto pelo Concílio Vaticano II”.
- Em 1974, o
tema do Sínodo foi a Evangelização.
- Em 1975,
foi instituído o Conselho Internacional de Catequese.
- A 8 de
dezembro de 1975, Paulo VI publica a notável exortação apostólica sobre a Evangelização
no mundo contemporâneo.(EN)
- Em 1977,
realizou-se o Sínodo sobre Catequese.
- A 16 de
outubro de 1979, nosso Papa João Paulo II publica a exortação apostólica
Catequese Hoje que tanto marcou os trabalhos catequéticos. (CT)
- Em 1979,
em Puebla (P), os Bispos da América Latina se reuniram para estudar a
evangelização no presente e no futuro da América Latina, deixando-nos ricas
conclusões.
- Os Bispos
do Brasil, a 15 de abril de 1983, aprovaram o documento Catequese renovada
(CR), orientações e conteúdo que tanto contribui para a Catequese em nossa
Terra.
- Em 1983,
os Bispos da América Latina se reuniram em Santo Domingo (SD) para refletir e
dar as diretrizes para a Nova evangelização, Promoção humana e cultura cristã.
- Coroando
tantos documentos preciosos, João Paulo II, nos legou o grande tesouro do
Catecismo da Igreja Católica (CCE), no trigésimo aniversário da abertura do
Concílio Vaticano II
(8 de dezembro de 1992), e depois(15/08?1997 -
Edição típica vaticana)
O Catecismo
é “texto de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé.”
(João Paulo II).
-
E,
a 15 de agosto de 1997 – o Diretório Geral para a Catequese, que atualiza as
orientações Gerais para a Catequese em toda a Igreja. (DGC)
-
2001
- 2ª Semana Brasileira de Catequese, promovida pela CNBB: " Com adultos,
catequese adulta."
-
2006
- Diretório Nacional de Catequese (CNBB)
Pode
surgir em alguns uma pequena pergunta: a catequese ainda é necessária no mundo
de hoje? Qual a sua importância atualmente?
O
ser humano tem várias necessidades. Algumas são básicas como o alimento, terra,
moradia, instrução, saúde, segurança, amor etc.
Mas
a lista das necessidades é imensa. É bem verdade que enquanto algumas são reais
outras são criadas pela sociedade consumista em que vivemos. Na verdade
precisamos realmente de menos do que
muitas vezes supomos.
Algumas necessidades têm em vista a pessoa humana
em sua dimensão material e emocional. Somos, porém, cidadãos deste mundo e do
outro, do Céu e da Terra. O homem de ontem, de hoje e de amanhã nunca pode se
esquecer do homem eterno.
Tendo
em vista a dimensão sobrenatural do homem e da mulher não podemos deixar de
concluir que sua necessidade maior é a salvação
eterna.
O próprio
Jesus disse:
“Aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la,
mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”.
De
fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua
vida?” (Mt 16,25s). Essa vida mais
valiosa do que o mundo inteiro é a vida eterna, a união com Deus.
É
bem verdade que o mundo não dá a menor impressão de que a salvação e a vida
eterna sejam o mais importante. Por acaso é assunto dos jornais, das conversas,
das notícias de televisão? Ao contrário, vê-se um esforço enorme para evitar a
lembrança desse assunto de salvação, de vida eterna, de morte e tudo o que se
relaciona com ela.
“Podemos viver à superfície das
realidades, mas elas funcionam por suas essências.” (Madre Mª Helena
Cavalcanti)
Por
que tantos não querem encarar realidades espirituais? Toda luz no pensar implica
mudança no agir. Muitos não querem ver porque não querem mudar. Preferem que
Deus fique ausente de seus lares, seus negócios, ambiente de trabalho, lazer...
Este é o grande mal do mundo em que vivemos.
"Entronizar Deus no mundo, nos corações, nos
lares – eis o que é Evangelizar".(Madre Maria
Helena Cavalcanti)
Torná-lo
conhecido, amado, saber quem é Jesus, pois: “De tal modo Deus amou o mundo, que
lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, tenha a vida
eterna” (Jo 3,16). Procurar
conhecê-lo; Sua vida, Seus ensinamentos, Suas Palavras, Sua Igreja.
Finalidade
da Catequese:
Ø Comunhão
com Jesus Cristo
Ø Comunhão
com a Trindade
“Quer
comais, quer bebais, fazei tudo para glória de Deus” (1Cor 10,31).
"Neste
sentido, a finalidade da catequese é a de
fazer com que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão,
em intimidade com Jesus Cristo. Somente Ele pode levar ao amor do Pai no
Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade". (CT 5)
Tarefas
fundamentais para a Catequese:
-
Favorecer o conhecimento da fé
-
A educação litúrgica
-
A formação moral
-
Ensinar a rezar
-
Iniciação e educação à vida
comunitária
-
Iniciação e educação à missão
"Concedei-nos,
Senhor, a grande alegria de sermos fiéis mensageiros de Vossa Ressurreição por
uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança e um
anúncio de salvação na caridade."
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
QUERIGMA E CATEQUESE
Querigma
|
Catequese
|
|
Etimologia
|
Palavra
grega: proclamar, gritar
|
Palavra
grega: ensinar, reter
|
Objetivo
|
Nascer
de novo
Ter
vida
|
Crescer
em Cristo
|
Conteúdo
|
JESUS
Morto
Salvador
Ressuscitado Senhor
Glorificado Messias
|
Doutrina da fé:
Bíblia,
Dogma,
Moral,...
|
Método
|
.
Proclama-se Jesus como Boa Nova
.
Dirige-se principalmente à vontade
.
Testemunho pessoal
|
.
Ensina-se ordenada e progressivamente
.
Dirige-se principalmente ao
entendimento
.
Fé de toda a Igreja
|
Agente
|
Evangelizador
Testemunha
cheia do Espírito Santo
|
Catequista
Mestre cheio do
Espírito
Santo
|
Metas
|
.
Encontro pessoal com Jesus pela fé e pela conversão
.
Proclamação de Jesus como Senhor e Salvador
|
.
Encontro com o Corpo de Cristo: a comunidade
.
Santidade do povo de Deus.
|
Resposta
|
Pessoal
|
Comunitária
e Social
|
Tempo
|
Hoje
|
A
partir de hoje ...
|
E
V
A
N
G
E
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
|
Profética
Palavra Proclamada: Anúncio verbal da Boa Nova
|
Sacerdotal
Palavra celebrada:
A liturgia,
memorial da obra salvífica
|
|
Palavra vivida
Instauração
do Reino de Deus no mundo.
|
E
V
A
N
G
E
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
|
P
R
O
F
É
T
I
C
A
|
QUERIGMA
Primeiro anúncio da mensagem cristã
|
CATEQUESE
Ensino progressivo da fé
|
Plano de Salvação
Querigma
CATEQUESE
HOJE
(Comentários de Madre Maria
Helena Cavalcanti)
Histórico da exortação
Na data de 16 de outubro de 1979, 2º
ano do seu pontificado, João Paulo II entregou à Igreja a Exortação Apostólica
Catequese Hoje fruto da 4ª Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos realizada em outubro de 1977. O documento
consta de uma introdução, nove capítulos e uma conclusão com um total de 73
subtítulos e, “repõe plenamente a catequese no quadro da evangelização”.
Introdução
Na
introdução do documento o Santo Padre começa reafirmando a primordial
importância da catequese “porque Cristo ressuscitado, antes de voltar para
junto do Pai, deu aos apóstolos uma última ordem: fazerem discípulos de todas
as nações e ensinarem-lhes a observar tudo aquilo que Ele lhes havia mandado” (cf. Mt 28, 19s) (CT 1).
A catequese
é o conjunto de esforços da Igreja para realizar essa missão. Mesmo entre os
católicos muitos precisam conhecer melhor sua fé e as razões de sua esperança.
- Nós temos um único Mestre,
Jesus Cristo
Com
alegria lemos no primeiro capítulo do documento que o Sínodo insistiu muitas
vezes no cristocentrismo de toda a catequese autêntica. “Desejamos acentuar,
antes de mais nada, que no centro da catequese nós encontramos essencialmente
uma Pessoa: é a Pessoa de Jesus de Nazaré, ‘Filho Único do Pai cheio de graça e
de verdade’, que sofreu e morreu por nós e que agora, ressuscitado, vive
conosco para sempre. É este mesmo Jesus que é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida’,
e a vida cristã consiste em seguir a Cristo” (CT 5).
“A finalidade definitiva da catequese é a de
fazer com que alguém se ponha não apenas em contato, mas em comunhão, em
intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito
e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade” (CT 5).
Uma experiência tão antiga quanto a Igreja
No
segundo capítulo o Santo Padre nos apresenta rica reflexão sobre o ensino
catequético no decorrer da caminhada da Igreja. “A imagem de Cristo ensinando
ficou impressa no espírito dos doze e dos primeiros discípulos e a ordem
“Ide... e ensinai a todas as gentes” (Mt
28, 19) orientou toda sua vida” (CT
10). Realmente, o cristianismo pela própria condição de ser Boa Nova, é
missionário. Não somos dignos de espalhar a Boa Nova mas seríamos mais indignos
se a guardássemos só para nós. “As
missões constituem também um terreno privilegiado para a catequese. Assim,
passados dois mil anos, o povo de Deus não cessou de ser educado na fé” (CT 13).
Sim, a Igreja é a guardiã intacta do depósito da Revelação; intacta, mas
não estática. A catequese sem se modificar se renova sempre. Em todas as épocas
a Igreja acerta o passo entre o tempo e a eternidade.
A catequese
na atividade pastoral e missionária da Igreja
“A
catequese não pode ser divorciada do conjunto das atividades pastorais e
missionárias da Igreja. A catequese é
uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos que compreende um
ensino em geral orgânico e sistemático com o fim de iniciá-los na vida cristã.
Entre a
catequese e a evangelização não existe separação nem oposição, como também não
há identificação pura e simples, mas existem, sim, relações íntimas de
integração e complementaridade recíprocas. A catequese é um dos momentos da
evangelização como um todo” (cf. CT 18)..
Algumas
características do ensino catequético:
Seja um
ensino sistemático que se concentre no essencial, suficientemente completo, uma
iniciação cristã integral aberta a todos os outros componentes da vida cristã (cf. CT 21). O Papa realça também a
ligação íntima que existe entre catequese e toda a ação litúrgica e
sacramental, por que é nos sacramentos, especialmente na Eucaristia, que Jesus
age em plenitude para a transformação das pessoas.
Toda a Boa Nova colhida na fonte
O conteúdo da catequese é o mesmo da
evangelização: a Boa Nova da Salvação, ouvida e acolhida com o coração,
aprofundada mediante a reflexão e o estudo, uma comprometedora tomada de
consciência de suas repercussões na vida pessoal e inserção na existência
cristã na sociedade e no mundo (cf. CT
26).
Sim, quando
pensamos que Jesus “amou-nos até o fim” (Jo
13, 1), não somente até o fim da vida mas até o fim das possibilidades do
amor, só nos resta pagar amor com amor e espalhar a Boa Notícia como um dever e
uma necessidade imperiosa do amor a Deus e aos irmãos.
O conteúdo
da catequese deve vir da fonte viva da Palavra de Deus transmitida na Tradição
e na Escritura (cf. CT 27). “O
ensino, a liturgia e a vida da Igreja brotam dessa fonte e a ela conduzem” (CT 27). O valor dos Símbolos é um ponto
de referência seguro para o conteúdo da catequese” (CT 28).
Todos precisam ser catequizados
“Como apresentar a tal multidão de crianças e
jovens Jesus Cristo, Deus feito Homem?” (CT
35).
Sabemos que
todo ser humano tem impresso em sua consciência o abecedário sagrado que o
impele para a transcendência. A essência do ser humano de ontem, de hoje e de
amanhã é a essência do homem eterno feito a imagem e semelhança de Deus (Gen 1, 6) portanto, capaz de
conhecê-lo, amá-lo e testemunhá-lo.
Na primeira
infância a tarefa diz respeito aos pais (CT
36). Na verdade, os pais cristãos que cultivam a vida interior, de
intimidade com Deus, passarão essa experiência para os filhos. Essa é a maior
garantia de que a semente da fé nunca se reduzirá a práticas exteriores mas
será o sal, dando sabor a todos os aspectos da vida. As paróquias oferecem
também a pré catequese para as crianças nessa faixa etária. A catequese das
crianças “é destinada a introduzi-las de modo orgânico na vida da Igreja e
prepará-las para os Sacramentos. Será uma catequese didática mas visando um
testemunho de fé, inicial mas não fragmentária” (CT 37).
Chega a
adolescência, tempo de descoberta de si, do amor, da sexualidade, do desejo de
estar com os outros e dos planos generosos. Também é a idade das interrogações,
desconfianças e dos primeiros fracassos.
De fato, a
conversão do adolescente a Cristo vai revestir a forma de um encontro com Jesus
o Amigo por excelência, um encontro de significado profundo para toda a sua
vida.
“Com a
juventude chega o momento das primeiras grandes decisões. É o momento de uma
catequese capaz de dar sentido a vida e inspirar atitudes de renúncia,
desapego, mansidão, justiça e fidelidade aos compromissos, e reconciliação” (cf. CT 39). O Sínodo questionou: “como
dar catequese as crianças e aos jovens?” É necessário saber traduzir para a
linguagem da juventude a mensagem de Jesus, sem traí-la.Ter consciência de que
a juventude tem um verdadeiro desejo de conhecer Jesus. (cf. CT 40).
Crianças e
jovens deficientes físicos ou mentais têm o direito de conhecer o “Mistério da
Fé”. É reconhecido o grande esforço da parte deles e dos catequistas que a eles
se dedicam (cf. CT 41).
O Papa se
refere no número 42 a uma realidade bem conhecida nossa: crianças e jovens de
lares não cristãos ou não praticantes, que buscam a catequese. Não encontram
apoio em seu ambiente e por vezes até oposição (cf. CT 42).
A catequese
de adultos é designada no documento como “a principal forma de catequese,
porque se dirige a pessoas que têm as maiores responsabilidades e a capacidade
de viverem a mensagem cristã na sua forma plenamente desenvolvida” (CT 43).
Alguns
caminhos e meios para a catequese
“Desde
o ensino oral dos apóstolos e das cartas que circulavam entre as igrejas, até
os meios mais modernos, a catequese nunca deixou de procurar as vias e os meios
adaptados para se desempenhar de sua missão” (CT 46). O Santo Padre se refere a homilia como uma privilegiada
forma de catequese por seu enquadramento litúrgico especialmente a celebração
eucarística (cf. CT 48). Certamente
os formadores dos Seminários estão atentos para isso e preparando os futuros
sacerdotes para utilizarem esse meio tão específico para instrução dos fiéis e
maior intimidade com o Senhor Jesus. Ao falar sobre os livros catequéticos o
Papa observa que existe atualmente uma multiplicação de livros catequéticos.
Alguns constituindo uma verdadeira riqueza ao serviço do ensino da catequese...
outros desorientam os jovens e adultos quer pela omissão de elementos
essenciais para a fé da Igreja, quer sobretudo por uma perspectiva de conjunto
demasiado horizontalista, não conforme o ensino do magistério da Igreja” (CT 49).
Apresenta
ainda quatro condições indispensáveis para que os livros de catequese
correspondam à sua finalidade.
- que eles se apresentem
adequados à vida concreta da geração para a qual são destinados
- que se esforcem por
encontrarem a linguagem compreensível
- que se esmerem em ser a
expressão de toda a mensagem de Cristo e da sua Igreja
- que busquem
verdadeiramente provocar um maior conhecimento dos mistérios de Cristo em
vista de uma autentica conversão.
Como fazer catequese
A catequese
procurará reger-se pela Revelação tal como é transmitida pelo Magistério da
Igreja, uma catequese que ultrapassa o moralismo formalista e sobretudo todo o
messianismo temporal, social e político (cf.
CT 52).
“A catequese é chamada a levar a força do
Evangelho ao coração da cultura e das culturas” e lembra que a mensagem
evangélica não pode ser isolada da cultura em que primeiramente se inseriu nem
daquelas em que ela já se exprimiu ao longo dos séculos. Por outro lado a força
do Evangelho é transformadora e regeneradora. “Deixaria de haver catequese se o
Evangelho tivesse que alterar-se no contato com as culturas. A catequese deve
encarnar-se nas diferentes culturas e nos diferentes meios (cf. CT 53).
Outro
problema de método a que se refere o Catequese Hoje diz respeito a valorização,
pelo ensino catequético, dos elementos válidos da piedade popular (cf. CT 54).
O último dos
problemas metodológicos posto em evidência pelo Papa é o da memorização.
“As flores
da fé e da piedade cristã se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos
de uma catequese sem memória” (CT 55).
O Santo
Padre realça ainda que qualquer método escolhido deve se ater “a lei da
fidelidade a Deus e da fidelidade ao homem, numa única atitude de amor. (CT 55).
O pão da sã
doutrina não é preparado só com o conhecimento e o estudo, mas tem que ser
amassado com a caridade, a humildade, a compaixão, o zelo pela salvação dos
irmãos, com a pureza, com a vida.
A Alegria da Fé num Mundo Difícil
“Nós vivemos num mundo difícil em que a
angústia de ver as melhores criações do homem escaparem-lhe e voltarem-se
contra ele determina um clima incerto. É neste mundo assim que a catequese tem
que ajudar os cristãos a serem, pela sua alegria e pelo serviço de todos, “luz
e sal” “ (CT 56).
É verdade,
em mundo em que as notícias são praticamente instantâneas, chegam como uma
enxurrada e envelhecem em quinze minutos, como fazer para que nossos irmãos
prestem atenção as mensagens impactantes e aos ensinamentos maravilhosos que
desejamos ardentemente transmitir, segundo a ordem de Jesus: ide por todo o
mundo... Nossa vida seja o mais eloqüente testemunho desse anúncio.
“O dom mais
precioso que a Igreja poderá oferecer ao mundo contemporâneo, desorientado e
inquieto, é o de nele formar cristãos bem firmes no essencial e humildemente
felizes na sua fé” (CT 61).
A tarefa diz respeito a todos nós
Os Bispos
são os primeiros responsáveis pela Catequese, são os catequistas por
excelência. Juntamente com o Papa têm a responsabilidade da catequese da Igreja
inteira. Os Sacerdotes são os colaboradores imediatos dos Bispos e educadores
da fé. Os Diáconos são os colaboradores natos na Igreja.
“Todos os
que crêem têm direito à catequese e todos os pastores têm o dever de a ela
proverem”.
O Papa faz
um apelo ao poder civil para que respeite sempre a liberdade de ensino
catequético (CT 64).
É através da
comunhão com nosso pároco que estamos em comunhão com nosso bispo. É dele a
última palavra e tudo de ser feito em harmonia como decorre de nosso
compromisso cristão.
O Santo
Padre recorda que muitas famílias religiosas, masculinas e femininas, nasceram
para a educação das crianças e jovens, sobretudo dos mais abandonados.
Pede aos
religiosos e religiosas que se prepararem o melhor possível para a tarefa da
catequese segundo as diversas vocações dos institutos e “que as comunidades
consagrem o máximo de suas capacidades e das suas possibilidades à obra
específica da catequese” (cf. CT 65).
A
catequese familiar precede, acompanha e
enriquece todas as outras formas de catequese”. Em alguns meios é a família o
único lugar onde as crianças e os jovens poderão receber uma autêntica
catequese. (CT 68).
“Ao terminar essa Exortação Apostólica, o
olhar do coração volta-se para Aquele que é o princípio inspirador de todas as
atividades catequéticas e daqueles que as realizam: o Espírito do Pai e do
Filho : o Espírito Santo.
Como em
todos os seus documentos o Santo Padre termina pedindo a intercessão de Maria
Santíssima e evidenciando sua missão singular como a primeira dos discípulos de
Cristo, catecismo vivo, Mãe e Modelo dos catequistas.
“Que a
presença do Espírito Santo pela intercessão de Maria possa alcançar para a
Igreja um empenho sem precedentes na atividade catequética para que a Igreja
possa desempenhar a missão recebida do seu Senhor: ide e ensinai... (Mt 28,19)” (cf. CT 73).
Senhor,
fazei que não percamos as oportunidades de vos tornar mais conhecido e amado
por uma tomada de consciência na fé, um testemunho de vida na esperança, e um
anúncio da salvação na caridade.
Mensagem Final
Num
comentário sobre São Justino, um dos grandes padres da Igreja primitiva, lemos
que o seu sonho ou a sua ambição consistia em evangelizar a cultura do seu
tempo. Esse sonho é também o desejo, o impulso, o esforço, a meta porque não dizer,
a vida de todo discípulo de Cristo em todas as épocas, lugares e culturas:
inserir os valores evangélicos em todas as estruturas sendo realmente fermento,
sal e luz pelo testemunho e anúncio dos ensinamentos de Jesus Cristo, o Verbo
da Vida, o enviado do Pai das luzes para a salvação de todos os homens, de
todos os tempos. Essa é a nossa paixão de catequistas.
OBJETIVOS
DA CATEQUESE
Vimos anteriormente a importância que a Igreja, de um modo particular
nos nossos tempos, dedica à Catequese.Mesmo nas sociedades ditas cristãs,
percebe-se um esvaziamento ético e moral, por isso,
“Impõe-se uma Evangelização Renovada e
não apenas baseada na Tradição Cultural Os homens que crêem hoje não são
inteiramente iguais aos homens que creram em épocas passadas. Surge daqui a
necessidade de assegurar a perenidade da Fé e ao mesmo tempo de propor a
mensagem da salvação de maneira nova (DCG 2).
Nesta perspectiva realça-se a importância dada à Catequese:
“A Catequese faz parte do Ministério da Palavra. Ela é, por isso, um
aspecto ou momento da Evangelização”. (C.R 72).
Realiza-se em um grupo contínuo, reunido semanalmente. Também João Paulo II nos diz que
“a finalidade da Catequese no conjunto da Evangelização é a de constituir a
fase de ensino e de ajudar a maturação” (CT 20).
“A
Catequese apresenta uma PESSOA e não uma verdade apenas. O Cristianismo não é
um sistema filosófico. Cristo veio e continua a viver em sua Igreja. Impõe-se,
portanto, uma Catequese Cristocêntrica” (Madre Maria Helena Cavalcanti).
O
objeto essencial e primordial da catequese, para empregar uma expressão que São
Paulo gosta de usar e que é freqüente também na teologia contemporânea, é o
“mistério de Cristo”. Catequizar é levar alguém, de certa maneira, a perscrutar
este mistério em todas as suas dimensões.
“Neste
sentido, a finalidade definitiva da Catequese é a de fazer com que alguém se
ponha, não apenas em contato, mas em Comunhão, em intimidade com a pessoa de
Cristo: somente Ele pode levar o amor do Pai no Espírito e fazer-nos
Participar na vida da Santíssima Trindade”.(CT 5)
Este é
basicamente o objetivo da Catequese:
POR EM
COMUNHÃO COM A PESSOA DE CRISTO.
E qual o papel do Catequista?
“O
Catequista é de certo modo o intérprete da Igreja junto aos catequizandos. Ele
lê e ensina a ler os sinais da fé, entre os quais o principal é a própria
Igreja”. (DGC35)
Sendo
assim, o catequista deve ser fiel à transmissão, não somente da Mensagem
Bíblica em seu conteúdo intelectual, mas também, sua realidade vital encarnada
nos fatos da vida do homem de hoje” (CR73).
Constata-se
um esfriamento da fé em todo o mundo. “Poucos querem conhecer e seguir toda a
verdade, a maioria quer conseguir um
pedaço da mesma, ao seu gosto, o suficiente para ficar quites com Deus,
com o mundo e com a própria incapacidade”(Madre Maria Helena Cavalcanti)*.
Superando esta dicotomia, e, “para fazer crescer no plano do conhecimento e da
vida o gérmen da Fé” (CT 25), o ensino deve ser ocasional e metódico, exige
sistematização, mas também que o catequista explore as ocasiões que poderiam
ilustrar a aula, seja, portanto, um ensino que desabroche em vida”.(Madre Maria
Helena Cavalcanti).
Convém
pôr em evidência algumas características:
*Ensino
sistemático;
*Que
se concentre no essencial;*Suficientemente completo; *Iniciação Cristã integral
*
Carta à uma aluna: 1953
“Cabe
à Catequese promover o começo e o progresso desta vida de Fé durante toda a
existência do homem até o desenvolvimento completo da Verdade e sua plena
aplicação à vida humana.” (DCG 30)
A
PESSOA DO CATEQUISTA
“O
catequista é de certo modo o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG
35).
É
preciso não só “fazer” seu trabalho, mas acreditar nele.
A
idéia essencial que deve dominar toda a nossa atividade é: “somos
instrumentos”. O primeiro sentimento que brota dessa tomada de consciência é o
de profunda humildade.. “É preciso que Ele cresça e eu diminua.”
Nessa
tarefa de evangelização CRISTO nos precede no coração humano.
É
imprescindível contar com a graça de Deus. Fazer tudo como se tudo dependesse
de nós, mas sabendo que tudo depende d’Ele. Precisamos ser pessoas de fé. É ela
que dá sentido a toda a nossa atividade. “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
(He 11,6). É necessário alimentar a nossa fé pela oração. O nosso apostolado
para ser fecundo deve jorrar desta união com Deus.
Um
ponto fundamental é o testemunho de
vida do catequista.
Pregamos
mais com aquilo que somos do que com aquilo que falamos. Procuremos nos tornarmos transparentes para que todos
vejam a Face Divina através de nós..
"O
pão da sã doutrina não será preparado somente com o conhecimento e o estudo.
Precisa ser amassado com a caridade, a humildade, a compaixão, o zelo pela
salvação dos irmãos, enfim, com a vida".
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
Sejamos
transparentes à verdade que ensinamos. Sejamos canais. Não nos deixemos dominar
pela ansiedade do sucesso. A verdade não
é resultado de estatísticas...
“Viver
de esperança é plantar bem no presente e ter no semear a mesma alegria da
colheita”.
(Madre Maria Helena Cavalcanti)
Semear
na alegria. Tempo, trabalho e amor são os ingredientes necessários às grandes
construções.
“A
primeira e mais sublime obra do amor ao próximo é a propagação do Evangelho”.
“A
tarefa do catequista: apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria
de viver o Evangelho” (CT
147).
“A
alegra é um bom método de aprendizagem.”(Madre Maria Helena Cavalcanti)
“A formação
do Catequista: desenvolver a arte de levar a mensagem, mas principalmente, a vivência comunitária da fé”... (CR
150. Faz-se necessária a interação entre a atividade catequética e a vida.
“Catequizar é ensinar a ver Deus na transparência das coisas” (Madre Maria Helena Cavalcanti)
PSICOPEGAGOGIA
DAS IDADES – 0 a 6 ANOS
Introdução:
Antes
de ministrarmos qualquer tipo de ensino, é necessário conhecermos as pessoas a
quem vamos ensinar.
Para
que a criança possa amadurecer na fé precisamos levar o conteúdo da mensagem
cristã adaptada ao seu desenvolvimento psicológico.
I –
Características desta fase:
-
A criança aprende através de
experiências sensoriais: vendo, apalpando, ouvindo, movimentando-se – Fala com
o corpo todo.
-
É egocêntrico – Ainda não
consegue distinguir entre o seu ser e as coisas que o cercam. Ela é o centro do
seu mundo infantil, por isso é difícil dividir seus brinquedos, quer ser a
primeira em tudo.
-
Possui o “pensamento mágico” –
Ainda não faz diferenciação entre o mundo real e o imaginário. Vive no mundo do
faz de conta.
-
Gosta de imitar – A criança
revela fielmente a atitude das pessoas que a cercam.
-
É muito afetiva – A criança
mostra grande necessidade de dar e receber carinho.
-
Descobre pouco a pouco sua auto
identidade, por volta dos três anos. Eu existo, sou pessoa.
-
Coordenação motora ainda em
desenvolvimento, devemos ter cuidado para não exigir mais do que ela é capaz.
-
Vive o presente – vive o
momento presente e está aberta a aprender tudo o que é novo.
II – Educação da Fé
Pode ser ministrado de maneira
orgânica, mas é, sobretudo ocasional, já que a criança vive o momento presente.
Os pais e os catequistas devem
aproveitar as festas litúrgicas, as do
calendário civil, os acontecimentos do dia a dia. Assim iniciarão as crianças
pequenas na busca de Deus e das realidades espirituais, revelando-lhes pouco a
pouco, o mistério da salvação e
ajudando-os a vive-lo.
“Pela força do ministério da
educação, os pais mediante o testemunho de vida são os primeiros arautos do
Evangelho junto aos filhos.” Familiaris Consortio (João Paulo II)
A oração: A oração é
expressa na admiração infantil. Sempre que houver oportunidade devemos levar a
criança a fazer orações espontâneas de agradecimento, de louvor, ou para pedir
ajuda e perdão.
“Brevíssimas orações que as crianças
hão de aprender a balbuciar, constituirão o início de um diálogo amoroso com
aquele Deus escondido de que elas vão começar em seguida a ouvir a Palavra”.CT
36
Atividades: desenho,
modelagem, dramatização, jogos, pintura, dobradura, colagem, musicas com
gestos, musica ilustrada, passeios, etc...
.
III
– Idéia Essencial:
Eu
sou uma pessoa amada por Deus
Deus
revela seu amor criando o mundo e todas as pessoas .
PSICOPEGAGOGIA
DAS IDADES - 7 A 9 ANOS
Introdução:
A criança, cujo mundo inicial não
transpõe as paredes do lar, vai pouco a pouco, alargando seu universo social.
O processo de socialização é
favorecido pela comunidade de fé e da escola.
I –
Características desta fase:
-
Esta idade é classificada como
idade estável, tanto sob o aspecto do desenvolvimento físico como do psíquico e
intelectivo.
-
Ocorre uma transformação lenta,
e a criança passa da contemplação para a ação, da admiração para a crítica, do
egocentrismo para o estado social.
-
Acontece também a transformação
profunda do seu pensamento que se torna mais objetivo.
-
A criança começa a desenvolver
a consciência moral.
“A maior força educacional é o
amor.” (Madre Maria Helena Cavalcanti)
-
Ocorre uma transformação de sua
liberdade.
-
No colégio, na Igreja e em
outros ambientes, vai criando amizades pessoais. Por isso, este é o momento
para se cultivar uma relação pessoal com Deus.
-
É o momento ideal para o
encontro com Deus através dos Sacramentos da PENITÊNCIA e da EUCARISTIA.
Desenvolver
a fé e o amor ao Deus pessoal constitui a base para a vida do cristão. Diz a
Exortação Apostólica Catechesi Tradendae em referência à catequese na infância,
que se trata de “introduzir as crianças, de modo orgânico, na vida da Igreja
”compreendendo “também uma preparação imediata para a celebração da
Eucaristia.”(CT 37)
II – Educação da Fé
A iniciação religiosa terá como
característica o ensino das Verdades e atitudes cristãs essenciais, com
objetividade e realismo. Catequese inicial, sim, mas não fragmentária, uma vez
que ela deverá apresentar, embora de
maneira elementar todos os mistérios principais da fé e sua incidência
na vida moral e religiosa das crianças.”(CT 37)
A iniciação sacramental possui dois
aspectos:
·
Participação na comunidade: a
criança penetra na vida da Igreja e deve ser ajudada pela comunidade.
·
Participação na liturgia: pelos
sacramentos da confissão e comunhão a
criança irá participar mais plenamente da liturgia.
III
– Idéia Essencial:
Deus
realiza nossa salvação através de uma longa história, que se realiza com fatos
concretos.(CR 185 – 187).
PSICOPEGAGOGIA
DAS IDADES – 9 a 12 ANOS
Introdução:
Neste período a criança vive um
momento de certa estabilidade em seu desenvolvimento e já é capaz de uma
atividade constante, alem de avaliar
melhor suas atitudes e das outras pessoas. Participa ativamente da vida em
comunidade e vive relações de amizade, propiciando a educação da fé e a
experiência eclesial.
I –
Características desta fase:
-
Acentuada atividade: É a idade
da ação e da valorização do mundo que a cerca. A criança assimila melhor aquilo
que vivenciou.
-
Interesse objetivo: Para que
servem as coisas? Como são feitas? Posso ajudar?
-
Estabilidade física e psicológica:
Age com maior precisão e segurança.
-
Sensibilidade ao grupo: Sofre
influência dos colegas, submetendo-se à mentalidade do grupo.
-
Raciocínio mais sistematizado:
Revela interesse em possuir e demonstrar conhecimento.
II – Educação da Fé
A pedagogia catequética deve
acompanhar o desenvolvimento global do catequizando. A faixa etária de 9 à 12
anos é considerada a idade da ação por excelência.
Por
isso, “a alegria da ação, da boa ação, a cooperação com os outros, a disciplina
clara e racional dessa inserção na sociedade, mas igualmente para a
participação ativa na vida da Igreja.
Assim
sendo, a pedagogia catequética, qualquer que seja o método adotado, deve
despertar a atividade das crianças. Tal pedagogia ativa não há de limitar-se às
expressões, embora úteis, mas deverá estimular para uma resposta do coração a
para o gosto da oração.” (DGC 90)
Torna-se
importante iluminar com a Palavra de Deus os acontecimentos da vida.
Aparece
aqui a necessidade de utilizar-se de material audiovisual, histórias,
simbolismos que facilitem a assimilação das verdades da fé.
Nesta
faixa etária desenvolve-se ainda mais o sentido social. A criança gosta de
viver em grupo, trabalhar em equipe. Pode-se enriquecer a catequese com várias
atividades de grupo: orações, cantos, celebração, confecção de cartazes e
painéis, realização de peças teatrais, gincanas, atividades esportivas,
recreativas e apostólicas.
Sendo
a consciência moral desta idade mais evoluída, a criança já é capaz de avaliar
melhor os próprios atos e o dos outros, manifestando seu arrependimento. Na
catequese devemos realçar o aspecto positivo da reconciliação, a alegria do
perdão. Devemos levá-la a amar a Deus e
ao próximo e realizar ações construtivas.
Não
podemos esquecer que “para uma educação apropriada e harmoniosa das crianças é
necessária a colaboração entre catequistas e pais. Tal colaboração é útil tanto
aos catequistas como aos pais, pois daqui lhes advêm auxílio e orientação para
o exercício de suas responsabilidades específicas.” (DGC 80)
PSICOPEGAGOGIA
DAS IDADES – 12 a 14 ANOS
Introdução:
Há necessidade de uma certa
flexibilidade para determinar o inicio e o fim das diversas etapas do
desenvolvimento. O menino ou menina que está entrando na adolescência é
diferente daquele (a) que já está em plena adolescência. O pré-adolescente
(12-14 anos) está numa idade de transição entre criança e adolescente e vê-se
que tal fase é freqüentemente esquecida no plano do ensino religioso e da
catequese. Os educadores e os catequistas não sabem como interessá-los, como
tratá-los e ficam desanimados diante de determinadas atitudes. O educador
precisa, portanto, procurar compreender o que leva os pré-adolescentes a terem
atitudes de indisciplina, critica, instabilidade e agitação a fim de procederem
mais eficazmente.
I –
Características desta fase:
§ Liberdade que desperta
O
pré-adolescente se afirma opondo-se (fase da oposição)
A oposição
pode ser violenta e exterior: algazarra, originalidade e crítica.
Não convêm
ao educador dobrá-los a força mas procurar orientá-los e motivá-los.
Formam
grupos unidos na camaradagem que ainda não é amizade.
Instabilidade:
às vezes torná-se criança dócil, afetuosa, procura proteção e aprovação do
adulto; outras vezes, assume o papel de moça ou rapaz, libertando-se
ostensivamente da influência do adulto.
§ Personalidade
que se busca
O
pré-adolescente não se satisfaz com o mundo da criança e procura tudo que lhe
permita entrar no mundo dos adultos. Procura nos adultos atitudes exteriores
que possa imitar. Os valores que atraem são diferentes para os dois sexos:
Meninos – valores de ação exterior: coragem,
força, trabalho, gosto da criação...
Meninas – amor, sentimento, o dom de si, o
devotamento ao próximo.
A revolução
fisiológica da puberdade faz com que desperte neles um interesse marcante por
tudo o que diz respeito ao corpo e aos problemas da vida.
§ Personalidade
com sonhos de grandeza
Essa idade é
muito idealista:
Fervor
imaginativo e heróico;
Ação
entusiasta, mas pouco perseverante.
II – Educação da Fé
Consciência moral semelhante à etapa
dos 9 aos 12 anos – é a idade da lei, casuística e moralizadora. Sente,
entretanto , necessidade e uma liberdade moral: recusa da lei imposta de fora..
Orienta-se para um Deus mais
pessoal; procura certa eficácia na religião; nem sempre gosta de participar de
atos litúrgicos.
A catequese deve se basear numa
doutrina sólida e esclarecedora pois esta idade é exigente do ponto de vista
intelectual.
O catequista deve levar o
adolescente a unir suas descobertas com a mensagem cristã – ter uma visão cristã
da vida.
Procuremos educar-lhe a liberdade
nascente. “A liberdade do homem encontra a sua verdadeira e plena realização na
aceitação da lei moral dada por Deus.”
Alguns caminhos possíveis:
Conteúdo
mais explicitamente doutrinal.
Cristo
revelando a grandeza de Deus e também do homem.
Cristo
ensinando a verdadeira liberdade
Linha
histórica
Heróis do
Antigo e Novo Testamento e outros heróis da fé
Temas
da atualidade
Aproveitar
os acontecimentos da vida real e confrontar com a mensagem cristã..
Conclusão
Os
pré-adolescentes olham acima de si mesmos, portanto , nossa catequese deve ser
aberta para o futuro e firmar as bases necessárias para a vivência da fé.
“O futuro não é alguma coisa
que vem, é você que vai.” (Madre Maria Helena Cavalcanti)
A VIDA RELIGIOSA DO
ADOLESCENTE DE HOJE
(Madre
Maria Helena Cavalcanti)
Mundo de hoje...Tentação de desânimo.
·
Podem os homens tais quais são
hoje em dia atingir o mistério de Cristo?
·
Apesar de todos os esforços a
Igreja não será sempre um pequeno rebanho?
·
O Cristo não estará ausente da
nossa época?
Outras
tentações:
Conseguir uma fórmula mágica? Ânsia de
novidades.
O insucesso pode provocar uma ruptura
com o passado
Tentação da popularidade
Tentação da teimosia ou preguiça
Conclusão
O educador da fé é um instrumento
Não há “truques para êxitos fáceis”.
A
catequese do adolescente necessita de:
·
Muita caridade
·
Muita inteligência
·
Muito trabalho
·
Imaginação – criatividade
·
Continuidade nos esforços
O ADOLESCENTE NO SEU
AMBIENTE
A vida religiosa no
lar do adolescente
Qual
a religião que vê no seu lar?
Será
que em casa os pais dão testemunho cristão?
Será que na
hierarquia de valores da vida no lar o mais importante é a amizade com Cristo e
o engajamento em sua Igreja?
Será a
conduta dos pais norteada por princípios cristãos?
Será que os
pais dispensam a educação religiosa dos filhos ao menos a metade da atenção que
dispensam a instrução profana?
Será
que os pais dão uma nova apresentação da fé proporcional às necessidades do
adolescente?
Conclusão:
Dêem os pais
um testemunho de vida cristã e não somente de algumas práticas desligadas da
existência.
O adolescente no
Colégio
O
campo é missionário:
·
Primeira apresentação do
Evangelho
·
Avaliar a realidade do colégio
e da turma
·
Conhecer os adolescentes em
suas dimensões psicológicas, sociais e políticas.
·
“Acender uma chama...”em vez de
derrubar uma montanha
·
Revelar a verdade que canta
·
Visar todas as dimensões do ser
Uma
catequese global exige:
Aulas,
retiros, musicas, conferências, colônia de férias, atividades apostólicas,
liturgia...
Conclusão
Anunciar
o Evangelho como mistério atual para o homem de cada época é sempre possível.
O
adolescente visto fora de suas influencias ambientais é como uma frase solta do
contexto: sem sentido.
Amar o adolescente mais e melhor
Ter paciência para trabalhar a longo
prazo
O que nos parece desagradável é na
verdade, uma riqueza mal definida.
Características:
Ruptura com o passado
Desejo de se afirmar
Capacidade de admiração
Desejo de tudo conferir
Imensa afetividade
Necessidade de atividades
Sonhos e idealismos
Necessidade de amizade
Espírito de imitação
"Cristo nos precede nessa tarefa, a mais
divina de todas". (Madre Maria Helena Cavalcanti)
ROTEIRO PARA GRUPOS DE JOVENS
CATÓLICOS
Madre
Maria Helena Cavalcanti
Com que finalidade nos reunimos:
Poderíamos
pertencer a um: clube →Grupo
social
Time
→Grupo
recreativo
Grêmio
→Grupo
esportivo ou permanecer sozinhos.
“O
mal não é nós, jovens, dançarmos e irmos ao cinema;
o
mal é não sabermos senão dançar e ir ao cinema.” (Carlos Vélez)
O que pretendemos neste encontro:
Como jovens
cristãos:
·
Viver conscientemente a nossa
fé;
·
Participar ativamente na construção de um
mundo melhor;
·
Repudiar a neutralidade, o comodismo, a
indiferença;
·
Formar uma mentalidade, estruturar uma
filosofia de vida, uma escala de valores.
VER,
JULGAR E AGIR, SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE CRISTO.
Como alcançar estes objetivos?
- Levando a sério as
reuniões semanais, refletindo, trocando idéias...
- Ter um diretor espiritual
– o sacerdote e como dirigente animador um(a) religioso(a) ou um leigo qualificado para
a função;
- Iniciar as reuniões com a
leitura da Sagrada Escritura seguida de partilha;
- Focalizar temas doutrinais
e da atualidade: Ver, julgar e agir.
VER: com Realismo
Retidão
Sinceridade
Objetividade
“Jovem, pare e pense!
Não aceite tudo.
Não rejeite tudo!”
(Madre
Maria Helena Cavalcanti)
JULGAR: à luz do
Evangelho, abrindo a nossa inteligência e o nosso coração. Não somos donos da
Verdade, nós pretendemos servi-la.
“O que caracteriza uma personalidade amadurecida é
a capacidade de discernir os verdadeiros valores e
estar disposta a pagar por eles o seu preço“.(Madre
Maria Helena Cavalcanti)
AGIR: concretizar
através de atitudes o modo de ver e julgar. O jovem cristão trabalha seriamente
em seu aperfeiçoamento religioso, moral e intelectual. A ação cristã não
dispensa certos requisitos; não basta agir, é preciso agir bem. Pensar e não
concretizar é uma sinfonia inacabada.
“O amor quanto mais alto, mais prático.” (São João da cruz)
Conforme o dom recebido e cultivado
o jovem poderá colaborar em atividades: catequéticas, culturais, sociais,
recreativas etc.
Não basta a irradiação individual, é
necessária a irradiação social da fé
AMIZADE CRISTÃ
A verdadeira amizade é aquela que se
abre para os outros. Como reconhecê-la?
- pelos
deveres = suportar-se mutuamente
- pelas
doçuras = poder confiar-se
- pelas
vantagens = correção recíproca
- pelas
aspirações = ideal e trabalho comum
PARTICIPAÇÃO NA VIDA DA IGREJA
“Sem Mim nada podeis.”(Jô 15,5)
·
Santa Missa ↔ Eucaristia
·
Leitura Espiritual diária
·
Vida de Oração
·
Devoção a Santíssima Virgem
Maria
·
Pelo menos um sacrifício por
dia por amor a Deus
O VALOR DO SACRIFÍCIO
* forja o
caráter
* forma o
homem digno desse nome
* facilita a
convivência
* prepara o
cidadão terrestre e celeste
Preferir
sempre o cumprimento do dever realizado o melhor possível, por amor
INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS
A
iniciação cristã de adultos
O cristianismo é uma religião revelada
Ninguém nasce cristão
Tornamo-nos cristãos pela iniciação
História
à No
inicio da Igreja, a catequese era dirigida preferencialmente aos adultos, no
contexto do catecumenato.
à As
primeiras comunidades iniciavam os cristãos à vivencia comunitária através da
escuta da Palavra, das celebrações e do testemunho de vida.
à A
adesão à Cristo e a conversão do candidato levavam aos sacramentos da Iniciação
cristã e à sua integração no seio da comunidade (At 2,37-41; 4, 35-37).
à Época
da cristandade (época do catecumenato social). A partir do século V, a
catequese vai deixando de ser iniciação na vida da comunidade de fé, pois a
sociedade inteira se considerava animada pelo cristianismo.
à A
catequese passa a ser feita através de um processo de imersão num contexto
familiar e cultural com fortes traços cristãos.
à Nesta
época, com a generalização do batismo das crianças e a decadência do
catecumenato, entra em crise a catequese em geral e, portanto, também a
catequese de adultos.
Redirecionamento
à O
grande despertar catequético do século XVI como resposta à grave situação de
ignorância religiosa do povo cristão, trouxe consigo um novo impulso para a
catequese de adultos, principalmente através do CONCÍLIO DE TRENTO, que tornou
obrigatório aos párocos a instrução catequética aos fiéis cristãos
especialmente no domingo.
à Na
época moderna, diversas circunstâncias, mas sobretudo a secularização da
instrução religiosa fazem com que haja “infantilização” da catequese levando a
catequese de adultos a um estado insatisfatório.
à Em
muitos adultos, a falta de vivência pode tornar a fé relativizada,
individualista, intimista, desencarnada, movida por interesses pessoais.
à A
partir da segunda metade do século XX, especialmente após o CONCÍLIO VATICANO
II (1962-1965) volta-se a reconsiderar a necessidade de catequese de adultos.
A iniciação cristã de adultos no Brasil
v 1983
– a CNBB publica o documento CATEQUESE RENOVADA – nº 130: “é na direção dos
adultos que a evangelização e a catequese devem orientar seus melhores agentes.
São os adultos os que assumem mais diretamente, na sociedade e na Igreja, as
instancias decisórias e mais favorecem ou dificultam a vida comunitária, a
justiça e a fraternidade”.
v 1986
– 1ª SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE
Tema:
Fé e vida em comunidade
Lema:
Renovação da Igreja e transformação da sociedade
Temas
de grande importância para a catequese de adultos
A
comunidade como ambiente privilegiado de catequese.
O
princípio metodológico de interação entre fé e vida
A
realidade sócio econômica e cultural como contexto teológico e catequético.
v 2001
– 2ª SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE
Tema:
Com adultos, catequese adulta
Lema:
Crescer rumo a maturidade em Cristo
Enfatiza
a necessidade da volta do catecumenato na iniciação cristã de adultos
Reedição
do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA)
O catecumenato
O que é
catecumenato?
à É
o método proposto pela Igreja, desde seu início, para realizar comunitariamente
a INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS
à É
um processo
à Realiza-se
em etapas
à Os
ritos marcam a passagem de uma etapa para outra
O CANDIDATO
DESEJOSO DE ENCONTRAR A DEUS, ACOLHE A
PALAVRA E ENTRA EM UM PROCESSO DE
CONVERSÃO, NUM ITINERÁRIO PESSOAL
E EM ÂMBITO COMUNITÁRIO.
O
catecumenato se divide em 4 etapas:
- Pré-catecumenato (RICA 9)
- Catecumenato (RICA 14)
- Tempo de Purificação e
iluminação (RICA 21)
- Mistagogia (RICA 37)
- O
Pré-catecumenato
É
o período de evangelização
à Tempo
destinado para que seja amadurecida a vontade sincera de seguir a Cristo.
à Com
a ajuda de um introdutor e a graça de Deus há uma conversão inicial, através da
qual a pessoa se sente chamada a afastar-se do pecado e a mergulhar no mistério
do amor de Deus.
à A
duração dependerá do candidato, que deverá apresentar sinais de conversão.
à O
fim deste período é marcado pelo Rito de Entrada no Catecumenato.
- Catecumenato
É
o espaço de tempo em que os candidatos
recebem formação e exercitam-se na prática da vida cristã.
- Meios de catecumenato:
A
catequese
Prática
de vida cristã
Ritos
litúrgicos
Cooperar
ativamente para a evangelização e edificação da Igreja.
- Também não há tempo
determinado para este período, pois cada pessoa responde de forma pessoal
e em seu tempo próprio.
3.Tempo de Purificação e
Iluminação
Este
período realiza-se prioritariamente no tempo da Quaresma
- Período destinado a
intensa preparação espiritual, a fim de purificar a mente e o coração do
“eleito”, para iluminá-lo com a consciência mais profunda de Cristo
- Começa com o Rito da
Eleição, ou Inscrição do Nome, realizado no 1º domingo.
- Nos três domingo seguintes
são realizados os Ritos dos Escrutínios.
- No 5º domingo são
realizados os Ritos das Entregas:
Do
Símbolo dos Apóstolos (Credo)
Da
Oração do Senhor (Pai Nosso)
- A
recepção dos Sacramentos do Batismo,Crisma e Eucaristia, na Vigília da
Páscoa, é o momento culminante do Catecumenato (RICA 27)
4. Mistagogia
A quarta
etapa do catecumenato realiza-se durante o tempo pascal, e tem por finalidade
permitir que os neo-cristãos , participando junto com a comunidade da
Celebração Eucarística, vivenciem mais profundamente o Mistério Pascal de
Cristo.
A importância da comunidade
·
A iniciação cristã tem a
comunidade eclesial como seio materno, no qual nasce e se fortalece.
·
O adulto não amadurece na fé
apenas pelo aprendizado de conceitos , mas convivendo dentro de uma comunidade
cristã que o acolhe e apóia e da qual ele é membro que dá e recebe.
·
A catequese com adultos somente
poderá dar frutos nas comunidades se inserida dentro de um plano de pastoral de conjunto da Igreja local.
A figura do introdutor
§ Aquele
que vem buscar a Deus deve ser acolhido em qualquer tempo
§ O
RICA apresenta a figura dos introdutores como um ministério específico da
iniciação cristã de adultos.
O
INTRODUTOR É O SEMEADOR QUE VAI PREPARAR O TERRENO PARA QUE
A SEMENTE DA FÉ POSSA FLORESCER E DAR FRUTOS.
Perfil do intrdutor:
·
Uma pessoa de fé já iniciada
·
Costante na vida litúrgica e na
comunhão eucarística
·
Orante
·
Atenta a palavra de Deus e ‘a
vida
·
Inserida na comunidade eclesial
e fiel ao magistério da Igreja
·
Amiga dos irmãos
·
Solidária com os mais pobres
·
Respeitosa com todas as
religiões
·
Simples no relacionamento
pessoal
O
introdutor é um amigo que, partilhando sua própria experiência com o candidato,
vai ajudá-lo a caminhar na fé e estabelecer uma relação pessoal com Deus e com
a comunidade.
Sem
ter a função de catequista ou psicólogo, anuncia o Kerigma com seus principais
conteúdos. Amor de Deus, Pecado, Salvação em Jesus Cristo, Promessa do espírito
Santo.
Em
todas as pastorais, movimentos e associações, podemos encontrar pessoas que se
enquadram no perfil necessário ao introdutor.
A preparação dos introdutores
Aqueles
que se dispuserem a exercer esse ministério serão preparados para o serviço
através de um breve curso de formação.
Conclusão:
“Este esforço da equipe de catequistas se encaixa
perfeitamente no trabalho 10º plano de pastoral de conjunto da nossa
arquidiocese, em que a catequese com os adultos obteve destaque especial”.
(D Eusébio Oscar Scheid)
Nenhum comentário:
Postar um comentário